Há pouca esperança
para que o projeto de casamento possa realizar-se. Uma melhor escolha parece
apresentar-se para o Sr. Decaux.
Paris, 25
de outubro de 1852
Caríssimo amigo,
Não é nem sim nem não, pois o Sr. e a Sra. Givelet trataram do negócio em
questão com a discrição suficiente para que sua posição permaneça intata na
família. Mas, eles obtiveram, no entanto, a certeza, da maneira mais positiva,
de que não havia como conceber a mínima esperança; essas damas têm, para a
questão da fortuna, pontos de vista bem fixos que não podem ser mudados por
nenhuma consideração pessoal de qualidades, de mérito e de sentimentos; assim é
que o mundo vê as coisas; não há por que se admirar disso.
Lamento com o Sr. e a Sra. Givelet que o final dessa negociação possa
entristecê-lo, mas estão tão convictos de que você não teria encontrado o que
tem direito de esperar, que não posso ficar triste, no fundo, pelo resultado.
Dona Givelet me falou de uma pessoa que acreditaria, em todos os pontos, convir
bem melhor a você. Convido-o, caro amigo, a ver essa excelente senhora, que
parece cheia de estima e de afeição por você. Seu marido e ela se mostraram
perfeitos para você nessa ocasião.
Acredite firmemente, caríssimo amigo, em todos os meus sentimentos de bem
cordial devotamento.
Le Prevost
P.S. --- Percebo tarde demais que meu papel está rasgado; perdoe-me por
escrever-lhe desse jeito.
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