O Sr. Le Prevost o parabeniza por sua
simplicidade e sua abertura de coração.
Encoraja-o a perseverar na luta contra si mesmo.
Duclair, 3
de setembro de 1853
Caríssimo filho,
Você me dirigiu uma pequena carta singela e boa, como o bom Mestre lhe ensinou
a fazê-las. Por isso, ela me causou uma doce satisfação, como se tivesse
conversado com você mesmo; aí está o mérito da simplicidade: fala ao coração,
porque vem também do coração. Deixe sempre expandir-se o seu, caro filho, em
toda a candura e verdade, e tenha a certeza de que assim você agradará a todos
e sobretudo a Deus.
Quase não passei instantes aqui sem pensar em você,
sem rezar por você. Vou redobrar de ardor ao fazê-lo, caro filho, pois você
sente particularmente necessidade disso nesse momento. Tenho a confiança de que
o Senhor nos atenderá e de que vou encontrá-lo de novo na minha volta como o
deixei: firme contra a tentação e digno servo de Jesus e de Maria. Você deu um
grande passo no bem, superou a natureza má, não vai querer sujeitar-se de
novo a seu jugo vergonhoso e desonroso; mas, sobretudo, não vai querer entristecer
o coração do Deus que o ama e que o escolheu, afligir a Santíssima Virgem, sua
Mãe, enfim, entristecer-me também profundamente, a mim que acompanho com tanta
alegria seus progressos no bem, que o vejo até agora responder tão bem ao apelo
do Senhor. Coragem, meu caro filho, a vitória é certa para quem resiste e
invoca o nome do Senhor. Esconda-se nos Corações sagrados de J. e de M., que o
demônio não saberia atingi-lo ali. Aí está que quero reencontrá-lo, e, na minha
volta, você virá a mim cheio de alegria, pois, terá a calma de uma consciência
pura, a paz de um coração totalmente ao Senhor.
Abraço-o ternamente e sou para a vida
Seu afeiçoado Pai em N.S.
Le Prevost
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