Os irmãos Maignen e
Vasseur em Amiens. Apelo
à abertura de coração entre irmãos.
Paris, 16
de setembro de 1854
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Mando-lhe, como você me pediu, dois de nossos irmãos para assistir à sua
distribuição; era uma ocasião para nos reunirmos com você e tomarmos parte um
pouco nas suas obras. Havia, portanto, dupla satisfação para nós. Nosso irmão
Maignen, aliás, não desejava nada melhor do que rever os bons amigos de Amiens;
quanto ao irmão Vasseur, quando lhe anunciei que acompanharia o Sr.
Maignen, ficou tão tomado de surpresa por essa alegria inesperada, que não mais
achava palavra para exprimi-la. Não lhe falei até agora de nossos projetos para
a casa de Amiens, desejando antes de tudo acertar mais precisamente com você.
Embora excelente em todos os aspectos, ele é ainda bem jovem e poderia
desgostar-se de seus trabalhos, se pensamentos prematuros de mudança se
pusessem em seu espírito. Acho, aliás, que mesmo em Amiens, se ele fosse para
lá, seria totalmente desejável que continuasse a trabalhar em sua profissão uma
grande parte da semana, a não ser que se tivesse de ocupá-lo muito utilmente de
outra maneira. A vida que ele leva, misturada de trabalho, de oração e de
obras, é muito edificante, e é um bom exemplo a apresentar em nossas obras:
seríamos muito felizes que fosse seguido por muitos outros. Você poderá
abrir-se ao Sr. Maignen sobre todos os seus intentos e projetos: você sabe que
há um só coração entre nós. Não tive muito tempo, na sua última viagem, para
conversar com você, e suas cartas são sempre bem abreviadas pelas necessidades
de seus afazeres; você pode, portanto, aproveitar a ocasião e colocar em nosso
irmão Maignen tudo o que você teria para me dizer.
Adeus, caríssimo amigo, abraço-o nos Corações de Jesus e de Maria
Le Prevost
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