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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 201 - 300 (1850 - 1855)
    • 293 - ao Sr. Vince
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293 - ao Sr. Vince

Como rezar. Exercício da presença de Deus. Devoção a São José.

 

8 de março de 1855

 

            Caríssimo filho,

 

            Vejo daqui o rosto todo sério, poderia dizer chateado, que você tem, cada vez que pensa ou diz: “Eles se esquecem de nós em Vaugirard, não pensam muito em nós.” Pois é, caríssimo amigo, pensamos muito em vocês em Vaugirard, os amamos sempre, rezamos constantemente por vocês. Só que aquele que tem a missão, na maioria das vezes, de lhes escrever, sendo muito ocupado, não acha facilmente o momento dessa doce satisfação. Hoje, é depois da oração da noite que ele aproveita um breve momento de lucidez, logo perdido no sono, para traçar-lhe às pressas algumas linhas.

 

            Já era tarde demais, caro amigo, quando sua pequena carta chegou: nosso pobre Edmond213estava diante de Deus, que o terá acolhido na sua misericórdia, esse pobre menino tendo muito sofrido e tendo-se mostrado manso e paciente até o último instante. Reze por ele, tenho a confiança de que ele rezará também por nós.

 

            Não acho sua carta à disposição, por isso não a estou respondendo bem diretamenteLembro-me somente de que você se queixa de pouco e mal rezar; procure amar e a oração virá; mas você diz: é pela oração que se obtém a caridade e como amar se não podemos rezar? Ponha ao menos aos pés de Deus seu desejo de amar e de orar, o desejo então já é um primeiro passo em direção a Deus e aquele que deseja muitas vezes não fica sempre como está. Una-se então a Deus pela , pelo desejo, pela humilde confissão de sua incapacidade.e você tivesse, a vida toda, apenas isso para oferecer ao Senhor, Ele mais nada pediria e você acharia graça diante dele. Não canse de exercitar-se à presença de Deus morando no seu coração, procure descer para junto dele muitas vezes por dia, nunca você irá ali sem achá-lo, nem habitualmente sem ouvi-lo. Ir a Deus, escutá-lo, responder-lhe, o que é isso então, senão esta suave união tão desejada, tão procurada por você? Diga-me, em sua próxima carta, quantas vezes por dia você consegue retirar-se assim algum instante no fundo de seu coração; espero que sejam muitas vezes.

 

            Todos os nossos irmãos vão bem, o irmãozinho Ernest parece ter nascido na Comunidade, de tão à vontade e em livre movimentação ele está.

 

            Amanhã cedo, sábado, estaremos em Nossa Senhora das Vitórias, levá-lo-emos conosco, assim como nossos irmãos Caille e Thuillier, aos pés da Santa Virgem e do bom Pai São José. Rezaremos ardentemente por vocês. Iniciamos no mesmo dia a novena que precede a festa: una-se a nós. Procure fazer com que São José seja amado na sua casa e ao redor de você. Há tudo a ganhar sendo-lhe bem afeiçoado: ele pode muito e é muito bom! Seus caros Restou concordam bem com isso, eles o abraçam como nós mesmos o fazemos, bem afetuosamente em N.S., assim como meu caro filho Firmin.

 

            Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

            Asseguro-o de que você terá minha cartinha para sua boa mãe bem depressa; neste momento minha vista turva-se e a pena cai de minhas mãos.

 





213 Cf. supra carta 289.





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