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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 201 - 300 (1850 - 1855)
    • 299 - ao Sr. Vince
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299 - ao Sr. Vince

Dificuldades de vida comum entre o Irmão Vince e o Sr. Caille. Abertura e confiança para com seu Superior. O espírito de deve inspirar nossas ações: “os motivos sobrenaturais são uma base sólida”.

 

15 de abril de 1855

Vaugirard, a 3 horas de Amiens

sob os olhares de Deus, presente em todo lugar

 

            Caríssimo filho,

 

            É bem complicado para mim achar o tempo suficiente para escrever-lhes aos três na mesma vez; o resultado é que os faço esperar minhas respostas mais tempo  que quereria; mas não me inquieto com isso, peço ao bom Mestre, a seus anjos da guarda, a seus santos padroeiros para que se comuniquem, no meu lugar, com vocês; eles o fazem, tenho certeza disso, e vocês não sairão perdendo, longe disso.

 

            Não me inquieto de modo algum com seus pequenos atritos domésticos, eu tinha contado com isso. Eram, na verdade, inevitáveis. Não se escapa disso, em tal caso, nos começos de uma vida comum, a não ser que já tenhamos chegado à perfeição, o que não se pode muito supor, já que viemos precisamente para procurá-la e persegui-la. Fique sem medo, caro amigo, respondo por você; você fará pequenas maldades, porque seu natural não está perfeitamente mortificado, mas não fará grandes, porque seu coração é excelente, todo dedicado a Deus, a Maria, a São José, e que eles o guardarão e o preservarão de faltas notáveis. Confie-se a eles e ande em paz, consertando, um dia após outro, os poucos e pequenos arranhões que tiver feito à paciência, à mansidão, à humildade, e o bom Senhor, cheio de misericórdia, fará com que não saia de tudo isso nada deplorável e realmente contrário à caridade. Aliás, à medida em que você progredirirá se acomodando à boa e feliz natureza de nosso irmão Caillepenetrará melhor essa alma tão dedicada, tão desapegada de si mesma, tão generosa em seus sacrifícios, tão apaixonada pelo bem, e a alta estima que conceber dele, abrindo seu coração, o apegará profunda e ternamente a ele. Portanto, mais uma fez, não se preocupe com algumas misérias do presente, garanto-lhe um bom futuro de paz, de íntima união e de boas obras realizadas; acredite em minha certeza e confie-se às bondades do Senhor.

 

            Não esqueça de me escrever logo; como vão suas crianças? Como o irmão Thuillier emprega seu dia? Vocês estão sempre cercados por pessoas dedicadas e amigas? O Sr. padre Cacheleux é sempre bondoso por vocês e vocês são dedicados e bem dispostos para suas obras? Parece que você se confessa ao Sr. Pároco e ao Sr. Mangot, isso não comporta algum incômodo? Começa a classificar suas horas e seus trabalhos? Sua pequena capela recebe às vezes a visita do divino Senhor? Poderia continuar muito tempo essas perguntas, pois tudo me interessa ternamente em sua vida e em suas obras. Não nos esquecemos de você durante os lindos dias da Semana Santa e da Páscoa, nem na adoração do mês, quando a casa e os irmãos de Amiens estavam nas recomendações especiais. Oh! rezemos muito uns pelos outros, com isso não há verdadeira separação. Espero muito que, no decorrer do ano, haverá algumas idas e voltas que poderão, seja daqui, seja do seu lado, dar ocasiões de aproximação. Parece-me também que não seria impossível que um de vocês, cada ano, vários talvez, no caso de  se tornarem mais numerosos, estivessem presentes no retiro de fim de outubro; mas tudo isso está nas mãos de Deus, nunca podemos prever seus desígnios.

 

            Mando-lhe o livro  de Monsenhor de Angers e os pequenos catecismos. Não esqueça de achar para mim a pequena peça de que você me fala. Esforçar-nos-emos  aqui para lhe  mandar um diálogo encantador, representado na última distribuição da rua do Regard. Aproveitemos todas as oportunidades para ajudar-nos reciprocamente, é uma união ainda segundo a caridade. Adeus, caro filho, se quiser sempre ser meu filho Joseph, seja, com nosso bom p. Caille, como você era comigo: paciente, deferente, submisso, afetuoso, embora eu não o merecesse sempre; você o fazia por amor e obediência a Deus, é o grande e o mais seguro sentimento que deva inspirar nossas ações. As razões, as inclinações são móveis, insuficientes; somente os motivos sobrenaturais são uma base sólida, é sobre isso, caríssimo amigo e filho, que você precisa colocar-se.

 

            Abraço-o com uma terna afeição e peço ao Senhor para abençoá-lo e suas crianças e seus trabalhos.

 

     Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 




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