O Sr. Le Prevost o
reconforta em sua doença. Exortação a dominar sua vontade e a consentir na obra
de Deus. As obras de Nazareth são a cruz do Sr. Le Prevost.
[12 de
agosto de 1855]
Caro filho, como você está sofrendo, escrevo-lhe estas duas palavras de
ternura, para compadecer-me de seu mal e dar-lhe um pouco de coragem. Em
primeiro lugar, vamos rezar muito por você e retomar nossa pequena invocação: Salus infirmorum, ora pro nobis [Saúde dos enfermos, rogai por nós], que
tínhamos negligenciado muito há um certo tempo. Depois, escrevo a meu irmão
Caille que, se o médico julgasse necessário, para apressar e assegurar seu
restabelecimento, fazer você mudar de ar e de lugar, eu acharia muito bom que
viesse passar aqui um certo tempo, ficando sujeito a emprestar durante esse
tempo à nossa casa de Amiens o pequeno irmão Marcaire, que está um pouco menos
carregado de ocupações do que de costume neste momento.
Tenha bastante paciência nesta pequena provação, caro filho, é a hora de
merecer diante do Senhor e de obter dele muitas graças. Você pedia com ardor
que Ele lhe desse um pouco mais de flexibilidade de vontade, um pouco mais de
domínio sobre seus primeiros movimentos; como você abençoaria suas misérias de
barriga e de estômago, não é verdade? se lhe obtivessem esse resultado tão almejado
por você e se, restabelecendo-o fisicamente, se encontrasse também livre de
seus conflitos e dificuldades de interior. O bom Mestre é tão sábio e tão
misericordioso que, podemos pensá-lo, tais são seus desígnios. Então,
deixamo-lo fazer, caríssimo amigo, e, embora a natureza grite um pouco em nós,
consintamos com suas operações repletas de ciência e de amor.
Vamos bem aqui; nossas crianças, por causa da próxima distribuição fixada para
o dia 23 deste mês, estão um pouco dissipadas; mas vão sossegar depois de suas
férias que são de 15 dias vividos, você sabe, em passeios grandes e pequenos,
mas sempre muito agradáveis, já que substituem as aulas.
Nossos bons Restou vão bem; os vi muito desde alguns meses, por causa de nossas
obras de Nazareth, que são minha provação, meu problema, minha cruz. Por isso,
exortando-o há pouco à paciência, sentia que o sermão me convinha também muito
bem e tirava proveito dele para mim.
Adeus, caro Joseph, abrace todos os meus irmãos ternamente para mim; amo-os
tanto como se estivesse todos os dias com eles.
Seu devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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