Notas a
pagar. Felicidade de ver a paz reinar entre todos. Aberturas para a entrada do
Sr. Halluin no Instituto. Suas forças declinando, o Sr. Le Prevost terá que
passar o inverno no Sul.
Vaugirard,
10 de novembro de 1855
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Aguardava uma carta sua, pensando que, se eu mesmo lhe escrevesse, nossas
epístolas iriam se cruzar no caminho; como não recebo nada, antecipo-me e lhe
escrevo.
Acho que você recebeu suas três camas de ferro. A nota sobe a 45f 15, a das seis últimas era de
89f 05.
Total: 134f
20.
Acho que, se não tem observações a fazer sobre essas duas entregas, seria
conveniente pagar as notas, das quais a primeira já data de vários meses.
Pagamos, de outro lado, 23f
para o Sr. Dupetit; mas, da nossa parte, lhe devemos 31f para as galochas que você
nos enviou, mais o preço das armações que o irmão Vasseur lhe pediu.
Não saberia dizer-lhe como estou feliz com os detalhes plenamente satisfatórios
que você me dá sobre seus pequenos assuntos interiores. Nada desejo tanto como
ver reinar entre vocês o espírito de paz e de verdadeira caridade, e bendigo ao
Senhor, que parece atender plenamente nossos votos sob esse aspecto. Escreverei
estes dias a meu caro filho Sr. Marcaire, encarreguei o irmão Vince de realizar
as intenções dele para os diversos objetos que ele me tinha assinalado em sua
carta. Espero, embora você ainda não me tenha informado disso, que o Sr. Allard
pôde se juntar a você e reunir seu zelo e seus esforços aos seus para a glória
de nosso divino Senhor.
O irmão Vince continua progredindo em seu restabelecimento, mas passo a passo e
devagar.
A carta do Sr. Halluin219 aumenta a boa opinião que você me tinha dado
da retidão de suas intenções e de seu inteiro devotamento ao serviço de Deus.
Convido-o a responder-lhe com toda a afeição e o respeito possíveis,
assegurando-o de que consideraríamos como uma verdadeira graça de Deus unir-nos
a ele. Acho que você poderia comunicar-lhe nosso regulamento, ao menos em parte,
pois seu conjunto poderia dar-lhe matéria a muitas objeções, que se resolveriam
facilmente de viva voz, enquanto pediriam correspondências intermináveis.
Entrarei, no entanto, de muito bom grado em relação com ele por carta; se ele
tiver a bondade de me escrever, lhe responderei; de outro jeito, se você achar
que seja melhor que eu lhe escreva o primeiro, diga-me, o farei sem demora.
Quanto à visita que eu poderia fazer-lhe, será forçosamente adiada. Minha
indisposição de peito tendo-se agravado um pouco, nossos irmãos e nosso padre
Beaussier se inquietaram com isso e me fizeram consentir em receber a visita de
um médico reputado, cuja decisão eu tinha prometido aceitar. Ele pediu
formalmente que eu fosse passar dois meses220 numa temperatura mais
clemente, assegurando que, a esse preço, respondia por minha cura, ao passo que
uma estada mais prolongada em Paris tornaria o mal irremediável. Nossos irmãos
o pegaram na palavra e me obrigam a tomar esse partido. Minhas disposições são
tomadas nesse sentido. Saio na segunda-feira de manhã, dia 12, acompanhado do
irmão Paillé.
Não há necessidade que lhe diga que, enquanto o Senhor me deixar um sopro de
vida, vocês me estarão presentes, caros amigos, no fundo do coração; escreverei
a vocês muitas vezes, se o Senhor me conservar algum vigor, e o primeiro
emprego de minhas forças, se me forem devolvidas, será para ir visitá-los.
Rezem juntos por mim, para que, em todo o caso, eu seja bem dócil sob a mão do
Senhor e me conforme com amor à sua adorável vontade.
Abraço-os a todos ternamente e sou, nos Corações sagrados de Jesus e de Maria,
Seu afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
P.S. Acabo de receber sua carta; agradeço-lhe por ela; escreva-me logo que
tiver algo de preciso para o Sr. Allard.
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