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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 332 - ao Sr. Vince
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332 - ao Sr. Vince

O Sr. Le Prevost comunga nos sofrimentos de seu irmão doente. Sofrer por amor do Cristo é mais meritório do que fazer obras santas e caridosas. Abandonar-se ao Senhor: "nada pedir, nada recusar” (São Francisco de Sales)

 

[Vernet, 15 de dezembro de 1855]

 

            Caro amigo e filho em N.S.,

 

            Meu irmão Paillé escreveu-lhe duas vezes em meu nome, mas eu não deixava de me reservar a satisfação de fazer-lhe, pessoalmente, algumas linhas, para responder à sua pequena epístola e agradecê-lo pelas orações que dirige por mim ao Senhor. Tenho certeza de que Ele as aceita, pois seu ouvido está perto do que é fraco e que sofre; feliz dele, e em demasia, se, em sua provação sabe  aproveitar um  tão precioso privilégio. Nosso bom padre Beaussier, você e eu, estamos nesse estado seleto; nós três, oferecemos ao Senhor como que um ramalhete de mirra: procuremos apresentá-lo de bom coração para que seja agradável a seus olhos.

 

            Rezar, comungar, fazer obras santas e caridosas é perfeito, mas sofrer com amor, em união com o divino Salvador, é mais perfeito e mais meritório ainda. Nosso padre Beaussier está plenamente nestas piedosas e generosas disposições; imitemos seu exemplo, caro amigo, e, nós três serviremos utilmente nossa pequena família, pelo exemplo e pela bênção que sobre ela atrairemos.

 

     Meu irmão Paillé já lhe disse que eu estava ainda fraco demais para ocupar-me em nada de continuado, mas tenho a peito, com ternura, a glória de São José, nosso Pai, e, se estiver mais tarde menos incapaz, procurarei, por mim mesmo ou de outra forma, os meios de responder a seu desejo.

 

            Vejo e sinto por minha própria experiência que seu maior tormento é estar constantemente oscilante entre uma melhora momentânea e recaídas sem fim, de tal modo que entre o restabelecimento ou o agravamento do mal, entre a vida e a morte, você fica incerto, não sabendo o que o Senhor quer de você. Sim, essa incerteza é bem crucificante, este despojamento tão absoluto na disposição de nossa existência é duro para a natureza, mas parece-me que é o sacrifício mais completo que possamos fazer a Deus e que Ele não saberia pedir mais nada à sua criatura. Coragem então, meu caro José, abandonemo-nos  nas mãos do Senhor e cheguemos, se possível, como nosso bom amigo São Francisco de Sales a nada pedir nem nada recusar.

 

            Penso muitas vezes, com meu irmão Paillé, que o ar e o sol desta região fariam muito bem ao nosso padre Beaussier e a você. Se vocês pudessem viramparando-se um ao outro, não seria talvez impossível; mas acho que nosso Padre é fraco demais e que você também está pouco demais seguro de si; deixemos então agir o divino Mestre e confiemo-nos aos ternos cuidados de sua Providência. Abraço-o com ternura em Jesus, Maria e José.

 

                                               Le Prevost

 

            Ofereça meu respeito aos nossos bons amigos Sr. e Sra Restou e Tulasne.

 

 




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