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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 337 - ao Sr. Carment
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337 - ao Sr. Carment

Nas provações, recorrer a Maria. Se a Cruz é às vezes pesada, é ela que nos fortalece.

 

26 de dezembro de 1855

Festa de Santo EstêvãoVigília de São João

 

            Caríssimo filho e amigo em N.S.,

 

            Você quis contribuir, como todos os nossos irmãos, a dar alguma consolação aos pobres exilados, e me escreveu uma boa cartinha, que o divino Senhor e sua Santíssima Mãe contarão certamente entre seus atos de caridade. Da minha parte, agradeço-lhe muito também por isso, caro filho, e senti perfeitamente que todas as suas palavras saíam do fundo de seu coração, por isso me foram muito doces e cheias de encorajamento. Estou particularmente comovido pelo bom pensamento que teve de uma pequena oferenda de cada dia para meu restabelecimento; é uma atenção toda filial que meu coração de pai sentiu ternamente.

 

            Dou graças à Santíssima Virgem, que continua vigiando tão visivelmente sobre você e que desvia e amortece os movimentos que você não pode sempre dominar. Nunca deixe de lado esta terna Mãe, e nunca será abandonado por ela. Em vão, então, o inimigo da salvação sacudirá violentamente todas as suas faculdades abaladas; firme e confiante no socorro divino, você redirá as palavras do salmo: Nisi quia Dominus erat in nobis... cum exsurgerent homines in nos, forte vivos deglutissent nos228.

 

            Fiquei sabendo com alegria que você pôde renovar seus votos no dia da Apresentação: a Santíssima Virgem terá oferecido seu sacrifício com o seu e o terá feito aceitar pelo Senhor. Assim os anos passam e, apesar de algumas misérias que a indulgência do divino Mestre se digna de esquecer, sua vocação se confirma, seus méritos aumentam e, acho também, sua alma se fortalece. Bendito seja Deus por Maria, como por ela também você obteve tais favores.

 

            Não se canse, caro filho, no seu caminho um pouco laborioso e rude. Seus trabalhos são muitos, suas forças restritas, você encontra em sua natureza dificuldades que, às vezes, lhe suscitam também outras para fora; tudo isso é pesado a levar, mas é o lastro que impede o navio de soçobrar, é a cruz que pesa e, no entanto, que ampara e vivifica.

 

            Continue a rezar por nós, caríssimo amigo; do nosso lado, consideramos aqui como nossa tarefa principal ajudá-lo por nossas aspirações e orações. Quando arrasto penosamente meu corpo sofrido e enfraquecido, parece-me que estou atrelado com você às suas obras e que puxo, como você, o fardo, todo ofegante e cansado. Esse pensamento me consola e me reergue nos momentos mais difíceis.

            Peço-lhe oferecer na oportunidade meu respeito ao Sr. Pároco de Grenelle, assim como às Senhoritas Payen; recomendo-me bem às suas orações. Boa lembrança de minha parte a Dona Georges; estou bem certo de que ela reza também por nós.

     Abraço-o ternamente nos Corações de Jesus e de Maria.

            Seu amigo e Pai

                                               [Le Prevost]





228 Salmo 123 1-2.





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