O Sr. Le
Prevost reza por seu amigo. Sua saúde continua sendo fraca. Agradecimentos à
Sociedade de São Vicente de Paulo.
Vernet-les-Bains,
9 de janeiro de 1856
Caríssimo amigo e irmão em N.S.,
Recebi sua boa palavrinha do 31 de dezembro. É-me bem suave ter tido alguma
lembrança de você, diante de Deus sobretudo, nestes últimos instantes do ano,
em que tantas preocupações e tantos cuidados enchem e obstruem o espírito. Mais
livre aqui e não tendo nenhum dever social a satisfazer, fiz uma só visita: era
a de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, visita que eu retribuía, aliás,
pois o indigno servo havia sido, já de manhã, prevenido pelo Soberano mestre,
que o viera encontrar como para trazer-lhe as bênçãos de um ano novo. Falei
muito a ele de tudo o que me é caro, de você em particular, meu muito bom
amigo, que Ele não pôs sem desígnio no meu caminho neste mundo; pedi a ele para
retribuir-lhe todo o bem que você faz a mim e aos meus, aos nossos para dizer melhor,
porque são seus tanto como meus.
Não sei se verei o fim do ano do qual empreendo o início; algumas
probabilidades o podem fazer pensar no entanto: o médico acha o estado de meu
peito sensivelmente melhorado, embora o pulmão direito fique ainda embaraçado.
Continuo, aliás, sendo de uma fraqueza extrema; uma conversa de dois minutos é
comprida demais para mim, andar quinze minutos é acima de minhas forças; mas
asseguram-me que, na primavera, terei uma melhora decisiva.
Obrigado mil vezes pela missa em Nossa Senhora das Vitórias, experimentei dela um
bem que fiquei feliz em constatar e em relacionar com as caridosas orações de
nossa querida Sociedade. Ofereça meus vivos agradecimentos ao Sr. Presidente e
aos membros do Conselho; exerceram verdadeiramente a caridade mais amável
e mais fraterna para comigo.
Deixo, ao terminar, mais uma vez meus irmãos de Vaugirard sob a sua afetuosa
proteção.
Seu amigo e irmão todo dedicado em Jesus e Maria.
Le Prevost
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