Encorajamento
à paciência na doença. Devoção a São José.
Vernet, 14
de janeiro de 1856
Muito bem! caro filho, você ainda sabe escrever um pouco e, apesar das
fraquezas de sua pobre saúde, você me rabiscou uma pequena epístola que me deu
grande alegria. Continue assim, sacudindo-se, afugenta-se um pouco a doença, e
o coração se acha sempre consolado por ter falado algumas palavras a amigos
verdadeiros e sinceros.
Não se assuste por suas debilidades extremas, estamos no ponto mais baixo da
estação e você deve necessariamente ressentir isso. É a mesma coisa comigo, meu
peito está um pouco menos tossindo e expectorando, mas continuo sendo de uma
fraqueza de dar dó. À medida em que o sol vai subir de novo, voltaremos a subir
com ele, nosso Pai Beaussier, você e eu. Nós três, tornaremos a ser robustos
juntos e, unindo-nos bem, constituiremos talvez uma força imponente.
Esforcemo-nos, até lá, por suportar nossas enfermidades com paciência e em
união com as dores de Jesus e de Maria.
Sua imagem de São José é encantadora, mas aqui não temos porta nenhuma aberta
para o comércio; estou sozinho em casa com meu irmão Paillé e os pobres camponeses
do Vernet não têm, na maioria, nem como comprar pão, conhecemos somente aqueles
a quem fazemos algumas esmolas; estou certo, todavia, de que ao nosso Pai São
José agrada seu bom desejo. Adeus, caro amigo, abraço-o ternamente. Escreva-nos
ainda.
Seu Pai
Le Prevost
Temos, a duas léguas daqui, um santuário muito renomado: nossa boa Mãe, a
Santíssima Virgem, é invocada sob o nome de Nossa Senhora da Vida, conseguem-se muitas graças, vamos ali mandar
dizer uma missa por você.
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