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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 356 - ao Sr. Caille
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356 - ao Sr. Caille

Impressões sobre a visita do Sr. Myionnet a Arras. Preservar um irmão do desânimo. Velar para que haja uma verdadeira vida de família em Amiens, há almas que não podem passar sem isso. Não acolher mais crianças, enquanto não se pode suportar-lhes o peso.

 

Hyères, 20 de março de 1856

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Mando-lhe algumas cartinhas para meus filhos de Amiens. Demorei para responder-lhes, por causa de minha mudança. Deixamos Le Vernet, onde os meses de março e de abril são habitualmente ruins, para chegar a Hyères, onde o médico me aconselhou a vir, para  firmar a melhora obtida no estado de meu peito. Ainda não estou forte, longe disso, mas acho que durante as poucas semanas que vão transcorrer até minha volta a Vaugirard, poderei fazer alguns progressos um pouco sensíveis. Recomendo-me às suas orações, que não me faltaram até agora, para que esteja bem submisso à vontade de Deus e que corresponda fielmente às suas intenções a meu respeito.

 

            Nosso irmão Myionnet me prestou conta de sua viagem com você a Arras. Estaria satisfeito,  se não tivesse encontrado o Sr. Halluin menos decidido do que pensava a se unir pessoalmente a nós. Seria muito lamentável, com efeito, que um homem tão dedicado e tão bom não fosse dado à nossa pequena família, que deve tanto desejar associar a si as almas verdadeiramente generosas e dedicadas. Mas pareceu-me, pela carta do Sr. Myionnet, que o Sr. Halluin não tinha dito a esse respeito sua última palavra; acabo de escrever-lhe uma carta tão cordial que pude fazê-la, convidando-o a completar por um último sacrifício a dedicação de que deu prova para com suas crianças e as obras de caridade. Comunicarei a você a resposta que receber, se me responder, como espero. Se, de seu lado, você soubesse de alguma novidade sobre suas disposições, tenha a bondade, caro amigo, de me comunicá-la.

            Aprecio muito suas observações em relação ao nosso jovem amigo, Sr. Allard. Creio, como você,  que seria bem melhor que ele estivesse em Vaugirard, mas não poderíamos presentemente substitui-lo em Amiens, como lhe disse o Sr. Myionnet; somos, portanto, obrigados a temporizar. Tinha notado, nas cartinhas que você me mandou, alguns sinais de aborrecimento e de desânimo. O Sr. Myionnet fez a mesma observação. Crê que seria preciso tender com perseverança a estabelecer cada vez mais o espírito de família e os exercícios comuns em nossa querida Casa de Amiens. Infelizmente, suas ocupações o retendo muito fora, você está obrigado a deixar um pouco a conduta habitual aos nossos jovens irmãos, dos quais nenhum talvez tenha bastante movimento e iniciativa para sustentar os outros e comunicar-lhes um pouco de animação e de vida. Faça, para chegar a esse bom  resultado, tudo o que puder; encoraje o irmão Marcaire a fazer, de seu lado, o que o bom Deus lhe inspirar: esse ponto é bem essencial. Quando se chegou ao grau de abnegação e de sacrifício em que  o Senhor o colocou, pode-se passar sem essas consolações e amenidades da intimidade da família. Aliás sua vida ativa deixa-lhe pouco o tempo de parar nela; mas almas menos adiantadas e menos firmes cairiam facilmente no desânimo, se não tivessem um pouco de amparo sensível. Por isso, se tende, em todas as comunidades, a tornar os exercícios de comunidade, os recreios e as reuniões dos irmãos entre si tão amáveis e tão suaves quanto se pode. Sei que seu pequeno número e as ocupações dos irmãos põem obstáculo ao que se quereria fazer de absolutamente regular, mas você fará o melhor. Com o tempo, seu pessoal aumentará e dará mais recursos; são os começos que oferecem mais dificuldades.

 

            Desejo muito, sempre, que você não aumente o número de suas crianças, para não ampliar os encargos dos irmãos e da casa, e também no mesmo interesse das crianças que já estão bem amontoadas presentemente. Durante os calores, poderão sofrer. O que faríamos se doenças se declarassem na casa?

 

            Nosso irmão Myionnet lhe terá respondido sobre a questão da viagem a Roma, devemos esperar a volta do Sr. padre Dedoue.

 

            Adeus, meu excelente amigo, rezo constantemente por você, por suas obras, e também por sua boa irmã.

 

            Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 




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