A saúde
do Sr. Le Prevost continua fraca. Ele não voltará antes de meados de
maio. Necessidades financeiras.
4 de abril
de 1856
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Mando-lhe uma cartinha do irmão Paillé e dois bilhetes para dois de nossos
irmãos.
Vamos aqui como de costume; minhas pernas tornaram-se um pouco mais fortes, mas
meu peito permanece e permanecerá ainda muito tempo, senão sempre, de uma
fraqueza tal que há muito pouca serventia a esperar dele. Vi hoje, pela
primeira vez, um médico em Hyères. Ele está muito tranqüilizador, como os
outros, quanto ao fundo do mal, que não lhe parece ameaçador presentemente, mas
quer medidas extremas de circunspeção e usa absolutamente o mesmo linguajar que
o médico de Vernet. Ele não é de opinião que fique aqui após o fim de maio, mas
me aconselha a gastar uns quinze dias para a volta, para não voltar sem
transição para Paris e para me aclimatar à temperatura do Norte, após ter
vivido na do Sul. A mesma coisa me havia sido recomendada no Vernet. Minha
volta só seria portanto, como você me pergunta insistentemente,
para o dia 15 de maio. Mas meu irmão Paillé reclama da insuficiência dos 300f que lhe pedi e assegura
que, tendo bem feito seus cálculos, estará sem nada antes de nossa chegada, se
mantivermos esse algarismo. Ele lhe pede, com insistência, para mandar 500f, prometendo
levar-lhe de volta, quase com certeza, 100f, mas preferindo ter essa importância como
prevenção a encontrar-se em apuros.
Veja, meu bom amigo, se pode dispor dessa importância. Você não teria melhor
meio, parece-me, do que mandá-la em bilhetes por carta registrada; veja, porém, se algum outro meio lhe parece
melhor.
Seu amigo e Pai em N.S.,
Le Prevost
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