Resposta
a várias perguntas concernentes à situação da Comunidade. Fidelidade na oração:
“somente o sopro de Deus pode conduzir nosso barco”.
Hyères, 23
de abril de 1856
Caríssimo filho em N.S.,
Lamento muito só responder hoje algumas linhas à boa e afetuosa carta que me
mandou ultimamente. Eu o encontrei nela todo inteiro, tal como é em seus
melhores dias. Fiquei bem consolado pelos detalhes encorajadores que me deu
sobre Nazareth e fiquei igualmente bastante comovido pelo que me diz do zelo,
da benevolência de nossos Confrades e amigos. Tenho, como você o desejava,
escrito ao Sr. Decaux. Hoje, mando-lhe uma pequena carta para o Sr. Boutron e
uma outra para nossa pobre gente de Nazareth. Anexo ainda à presente o projeto
de regulamento de sua casa de retiro. Modifiquei-o um pouco, mas em nada de
essencial; peço-lhe para fazê-lo recopiar legivelmente antes de remetê-lo ao Sr.
Boutron.
O Sr. Myionnet me escreve dizendo que você se instala provisoriamente em
Nazareth, esperando o irmão Paillé. Ainda não recebi a resposta do Sr. Tessier,
que consultei sobre a época de minnha volta. Quando estiver informado sobre esse
assunto, verei melhor se posso, como desejo, mandar-lhe de volta, sem mais
tardar, nosso irmão Paillé.
Se nossos negócios de Nazareth estão bastante bem encaminhados, o mesmo não
acontece com os de Vaugirard. Desejo muito que o Senhor o inspire para a
escolha dos melhores meios e que Ele disponha favoravelmente os espíritos para
levá-lo a um resultado, que a época da estação e as necessidades da casa tornam
bem urgente.
Escreverei sucessivamente pequenas cartas para as pessoas que você me designa;
enquanto isso, agradeça a elas vivamente em meu nome.
Fico sabendo, com alegria, do bom sucesso de seu retiro. Escreverei também ao
nosso caro padre Hello, aos irmãos Jean-Marie [Tourniquet] e Emile ]Beauvais],
assim que puder.
Rezemos sempre muito, caro filho, pois somente o sopro de Deus pode levar nosso
barco a bom porto. Felizmente, até agora, ele não esteve em falta conosco; se
formos fiéis, Ele o será também.
O irmão Paillé o abraça e me obriga a ir almoçar; é uma grande tirania, mas
estou obrigado a ceder.
Abraço a todos do seu pequeno Nazareth e peço ao Senhor que esteja no meio de
vocês.
Seu amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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