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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 368 - ao Sr. Planchat
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368 - ao Sr. Planchat 

Tensão em Grenelle. Aceitar as humilhações, “fazer e não aparecer”, está no espírito de nossa família religiosa. O que é gasto na atividade exterior deve ser recuperado pelo recolhimento e a volta habitual a Deus.

 

Hyères, 25 de abril de 1856

            Caríssimo amigo e bem amado filho em N.S.,

 

            Se quisesse, respondendo à sua carta cheia de bondade e de afeição, proporcionar minhas efusões com você às doces consolações que ela me deu, iria escrever-lhe uma bem longa epístola pois, do início até o fim, sua querida missiva me interessou vivamente e comoveu profundamente. Você derramou nela sua alma repleta de amor e achou, no seu bom desejo de associar-me aos sucessos de suas obras, os pormenores mais amáveis e mais tocantes. Agradeço-lhe ternamente por isso, caríssimo amigo, e bendigo com você ao Senhor, primeiro princípio e único autor do bem que se realizou sob seus olhos.

 

            Entro  em seus sentimentos e em sua segurança sobre nossos negócios de Grenelle. Acho que o Senhor não nos retirará dessa região, ou que só nos faria voltar dali  para nos fazer realizar um bem maior em outro lugar para a sua glória. Quanto ao desprezo que se faz de nós, é pão bento tal como o divino Jesus sempre repartiu a seus verdadeiros discípulos. Fazer e não aparecer está essencialmente no espírito de nossa pequena família, permaneçamos portanto em paz: enquanto for assim, andamos, vivemos.

 

            Tomo profundamente parte nos sofrimentos de sua boa mãe e estou bem comovido, como você, com sua corajosa dedicação. Deus a amparou visivelmente em tantas provações que a vemos sofrer: deve ser, para ela, uma grande consolação o fato de sentir tão manifestamente o socorro divino. Assegure-a de que rezo com você por ela e que me associo ao seu respeito, a seu terno apego para com ela.

 

            Estou bem satisfeito com os detalhes que você me sobre sua saúde, sobre suas disposições interiores que o inclinam à calma, ao recolhimento, à volta habitual a Deus. Aí está o único meio de compensar os grandes gastos que lhe ocasiona sua atividade, e é somente com essa condição que não esgotará ao mesmo tempo os fundos e o rendimento. Siga bem essa inclinação, caríssimo amigo, onde o Senhor o coloca bem visivelmente e para onde Ele o traz de volta com tanta bondade quando você tende a afastar-se dela.

 

            Nosso irmão Myionnet me escreveu que seu grande sacrifício estava feito, consummatum. Não se trata mais de voltar para trás, eis que estamos unidos até o último dia236; parece-me bem que, para mim, não vou arrepender-me disso. Procure, de seu lado, firmar sua decisão.

            Adeus, caríssimo amigo, encarrego-o de abraçar bem particularmente meu padre Lantiez que, sem dúvida, cuidou quase sozinho de seu rebanho durante o retiro e que deve estar bem cansado. Diga-lhe que seu bom anjo da guarda fez a conta de suas penas para oferecê-las a Deus, e que eu lhe agradeço por isso bem afetuosamente.

 

            Seu amigo e pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 





236 No sábado 19 de abril, no fim do retiro de comunidade, o Pe. Planchat tinha pronunciado seus votos perpétuos.





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