Conduta a
levar para os trabalhos em
Nazareth. O Sr. Le Prevost aspira reencontrar Grenelle e
conversar ali com o Sr. Maignen. Lembranças do Primeiro Sacrário.
Hyères, 7
de maio de 1856
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Não respondi a um ponto bastante notável de sua última carta, concernente ao
pedido do Sr. Latruffe, o carpinteiro de seus trabalhos de Nazareth. Acho muito
útil dar-lhe a procuração que você me pede, pois eu me recolocaria dificilmente
a par dos negócios e você os tem agora em mãos melhor do que eu. Você,
portanto, guardará a conduta deles agora, reservando para mim ajudá-lo tanto
quanto puder. Estando próximo o meu retorno, pareceria supérfluo que eu fizesse
daqui essa procuração, mas você poderia mandar prepará-la no nosso amigo, o Sr.
Lambert, para que possa assiná-la logo após nossa chegada.
Eu estava certo de que partiria de Hyères no sábado próximo, dia 10, para
chegar aí no sábado seguinte dia 17, mas o médico que acabo de ver me aconselha
fortemente, por causa do mau tempo, a adiar por oito dias. O Sr. Paillé irá
amanhã, quinta-feira, a Toulon, e, se ele puder trocar o dia de nossos lugares
já reservados, seguiremos essa sugestão. Chegaríamos, então, somente no dia 22
ou, antes, 23, por causa da festa do Santíssimo Sacramento, que cai na
quinta-feira, 22. Cuidaremos, aliás, de prevenir mais precisamente o Sr.
Myionnet, ao qual escreveremos de Marseille.
Desejaria muito, caro filho, que até lá você me escrevesse uma palavra para
dizer-me se pôde conservar intatas as três inscrições romanas que lhe confiei
na saída. Pedem-nos, você sabe, imperativamente os 5.000f de Dona Tarbé. Nossas
romanas nos seriam para isso bem úteis. Será, portanto, um descanso de espírito
para mim se você puder dar-me uma palavra satisfatória a esse respeito.
O Sr. Taillandier me escreveu que seu sermão da Ascensão teve um bom sucesso e
lhe havia proporcionado 2.400f, muito mais do que você havia esperado.
Agradeço, com você, ao Senhor e à sua muito amada Mãe, de quem somos os
filhos também.
Acho que você poderá utilmente fazer circular uma lista para a subscrição de
Vaugirard entre todas as antigas Damas Patrocinadoras da casa, mas precisaria
se apressar: sabe que, pelo fim de maio, toda Paris começa a desaparecer e a ir
para a zona rural.
Só falo com você, caro filho, de dinheiro e de negócios. Sua pobre alma, porém,
teria muita necessidade de algumas lembranças das coisas espirituais e seu
coração de filho ansiaria muito também por um pouco de terna afeição. Faremos
tudo isso na minha volta, caríssimo amigo; você virá me visitar em minha cela
de Grenelle, lugar de nosso nascimento, onde vou me refugiar, como se
volta, na doença, para o ar natal. Você reencontrará ali algumas dessas
impressões de paz e de piedoso repouso que recebíamos em nossa pequena capela
aos pés do divino Mestre, ainda hóspede todo novo para nós, cuja presença nos
inebriava de alegria. O bom Mestre não está mais ali, mas não está longe de lá
e o rastro de sua vinda ainda não está apagado.
Adeus, caro filho, você poderá responder-me ainda aqui, se não demorar para
fazê-lo, sua carta me encontrará ainda aqui. Adeus, abraço-o ternamente em
Jesus e Maria.
Le Prevost
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