Alegria
do Sr. Le Prevost de voltar a Vaugirard. Estar pronto a ir para onde a
obediência manda.
Vaugirard,
26 de maio de 1856
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe pelas boas e afetuosas palavras que me escreveu em sua carta
do dia 20 deste mês, a respeito de minha volta. Concretizou-se, como você o
presumia, quase nesta hora. Chegamos aqui, meu irmão Paillé e eu, na
sexta-feira à noite, dia 23241. Não lhe direi que alegria nos causou
nossa reunião, após uma tão demorada separação, que pudéramos considerar como
definitiva. O divino Mestre dignou-se fazer nossos corações saborear como é
suave amar-se nele e constituir na caridade uma verdadeira família cristã. Esse
momento deixará em nós uma lembrança cheia de consolação e apertará mais ainda,
se for possível, os laços de terno apego entre os membros de nossa querida
Comunidade. Você quis juntar-se a nós para essa festa de família. É uma boa e
filial intenção pela qual fico-lhe muito grato.
Mando-lhe de volta, em anexo, a carta do Sr. Halluin, pensando que você pode
precisar dela para lhe responder. No que diz respeito ao pano destinado a
vestir os irmãos, compramos de costume pano verde russo muito escuro, quase
preto. Escolhemos qualidades comuns, mas sólidas; a mesma qualidade não pode
convir para os paletós e para as calças: estes exigem um tecido muito mais
forte; nossos preços são de 10f
a 15f o
metro. Encontramos, para as calças, panos marengo (preto misturado com um pouco
de branco) que são muito sólidos; no entanto, às vezes nos enganamos, pois os
fundos pretos expõem a queimaduras.
Ainda não posso precisar o dia em que irei vê-lo e apanhá-lo para ir a Arras.
Estou um pouco cansado de minha longa viagem; tenho também a obrigação de
resolver alguns negócios, mas presumo, no entanto, que não demoraremos muito.
Desde que eu perceber um pouco claramente o momento disponível para mim, eu o
proporei e você avisará o Sr. Halluin, para que saibamos se esse dia lhe
convém. Respondendo ao Sr. Halluin, diga-lhe, por favor, que não tardaremos
muito para visitá-lo.
Acho que nosso jovem Mainville deve refletir bem ponderadamente antes de se
decidir. Veremos, por ocasião de minha viagem a Amiens, o que tivermos de
melhor a fazer para seu maior bem; mas é essencial que ele esteja decidido a ir
a Vaugirard ou para outro lugar, sem hesitar, desde que seus Superiores o
tiverem resolvido assim: é um ponto essencial da obediência religiosa.
O Sr. Myionnet me pede para dizer-lhe que o irmão Maignen acertou com nosso
irmão Marcaire a conta de Emile Frey e o pagamento das duas estátuas.
Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S.. É uma grande alegria para mim
pensar que os verei logo, você e nossos jovens irmãos de Amiens. O que me
diz de seu zelo e de suas boas disposições me toca muito e é para mim uma
verdadeira satisfação. Abrace-os bem por mim e receba, você mesmo, os
sentimentos ternos e devotados de
Seu amigo e Pai em
Jesus e Maria.
Le Prevost
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