O padre
Timon-David chegando de Marseille, o Sr. Le Prevost pede a seu jovem amigo para
adiar sua visita.
Vaugirard,
30 de junho de 1856
Caríssimo amigo,
Venho pedir-lhe para mudar para amanhã o itinerário de nosso pequeno passeio e
de fazê-lo, desta vez, não para Chaville, mas somente para Vaugirard. O Sr.
Timon-David, de Marseille, que devia chegar aqui somente segunda-feira, 7 de
julho, escreve-me agora mesmo que estará em nossa casa amanhã ao meio dia.
Seria-me difícil, assim avisado, estar ausente no momento de sua chegada. Mas
se você quiser, nessa circunstância, mostrar-se bondoso para conosco como
sempre, me dará duas alegrias em vez de uma: a de passar alguns instantes com
você em Vaugirard amanhã, 1o de julho, e a de retomar, daqui a
alguns dias, nossa planejada excursão na mata de Chaville.
Não tenha medo de atrapalhar nossas conversas com o Sr. Timon-David; você sabe
que é, para nós, um irmão e que colocamos tudo em comum com você. O Sr. Timon
permanecerá, aliás, vários dias aqui. Desejo que o veja, que fale com ele
sobre a obra do Sr. Allemand, estabelecida há 60 anos em Marseille, e que é a
maior obra de patronato já realizada na França.
Você me chama, muitas vezes, de pai. Hoje, é preciso que seja um filho
submisso e que ceda às minhas instâncias. Esperá-lo-ei, então, à tarde. na
hora que você quiser: quanto mais cedo, melhor; sobretudo, que seja, ao
mais tardar até às 6h30.
Adeus, caro e bondoso amigo. Pena que você não seja realmente meu filho! Não o
amaria certamente mais, mas nossa afeição seria como que consagrada e ainda
melhor estabelecida.
Seu todo afeiçoado e devotado em N.S.
Le Prevost
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