Últimos
detalhes da viagem dos irmãos Carment e Thuillier. Não sobrecarregá-los de
tarefa logo na chegada. Que o Sr. Halluin saiba tomar o descanso necessário, o
Senhor lhe retribuirá isso.
Vaugirard,
28 de agosto de 1856
Caro Senhor padre,
Nossos dois irmãos partirão, no sábado de manhã, de Vaugirard e pararão alguns
instantes em Amiens, onde reencontrarão nosso bom padre Lantiez, que tomou a
dianteira e já está na pequena comunidade de Amiens há dois dias. Todos os três
vão se pôr a caminho pelas 5h. e chegarão em sua casa pelas 6h30. Espero que
sua viagem, posta por eles sob a proteção da Santa Virgem, realizar-se-á bem e
que seus bons anjos os conduzirão até você. Uma vez chegados, creio que estarão
em
segurança. Você é que será seu guarda e sua atenção será para
eles um poderoso apoio. Teria desejado que pudessem, antes de sua
partida, recolher-se um pouco e tomar em Deus forças para servi-lo com zelo e
dedicação em sua casa. Infelizmente, a multiplicidade de nossas ocupações não
lhes deixou essa folga. Pedir-lhe-ei para não pô-los, desde o primeiro dia,
completamente em todas as suas funções, mas para fazê-los entrar nelas
sucessivamente, para que se acostumem melhor e não sejam, desde o início,
atordoados demais pela mudança e pelo número de suas obrigações.
O irmão Carment, o que deve assisti-lo mais particularmente para a conduta da
casa, acaba de fazer sua distribuição no patronato de Grenelle, isso o cansou
muito; dá-se forçosamente muito aparato a essas solenidades. Se tivesse
consultado meu desejo, tê-los-ia deixado alguns dias de paz e de recolhimento
para assentarem-se de novo. Mas não quis adiar demais sua partida, para não
deixar você no embaraço. O divino Mestre nos assistirá e a Santa Virgem, à qual
ele está muito devotado, lhe prestará seu auxílio, para bem cumprir seus
deveres perto de você.
Mandei um de nossos irmãos visitar o jovem Dubus no hospício e remeter-lhe os 10f que você lhe destinou. Ele
deve ter também realizado suas intenções, ao oferecer-lhe que fosse descansar
um pouco perto de você, se sentisse necessidade. Esse irmão ainda não pôde
prestar-me conta dessa pequena missão, porque mora em Paris, em nossa casa de
Nazareth, e volta somente todas as semanas para Vaugirard. Mas posso ter toda a
certeza de que, em todos os pontos, ele seguiu suas intenções.
Escrevi ao Sr. Daviron, cujas boas disposições são para nós um feliz augúrio de
que seria acolhido com alegria no retiro, assim como aqueles entre os irmãos de
Arras que você quiser nos mandar. Pena que você mesmo não possa reunir-se a nós
e tomar um pouco de descanso de que tanto precisa! O bom Mestre, que servimos
de comum acordo, vela sobre você e saberá bem, na hora escolhida por Ele,
proporcionar-lhe os alívios que sua bondade lhe tiver preparado. Peço-Lhe para
assisti-lo e abençoar os esforços dos irmãos que mandamos para você.
Adeus, caro Senhor padre, assegure todos os nossos irmãos de Arras de nossas
boas lembranças, e acredite, você mesmo, em todos os meus sentimentos de
respeito e de afeição em N.S.
Le Prevost
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