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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 402 - ao Sr. Myionnet
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402 - ao Sr. Myionnet

Recomendações diversas concernentes à vida da comunidade e das obras em Vaugirard. Para a inauguração de Nosso Senhora da Salete, é preciso organizar a cerimônia e pensar em colocar os bilhetes de convite. Pedir o espírito de oração, “teremos tudo com ele”.

 

Duclair, 9 de setembro de 1856

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Escrevo-lhe duas linhas, apesar da brevidade de minha ausência, para que meu espírito, que permanece constantemente entre vocês algum sinal de vida e de boa lembrança.

 

            Perdi o comboio das 9 horas, a carruagem não me tendo conduzido bastante depressa. Fui obrigado a aguardar até as 11 horas e trinta, o que só me permitiu chegar em Duclair  à noite. Fora desse incidente, cheguei felizmente ao meu destino, morrendo de fome, pois tinha comido durante todo o dia somente um pãozinho comprado no momento de minha saída.

 

            Minha irmã protestou vivamente quando anunciei que vinha para três dias, mas a gravidade de suas próprias ocupações lhe felizmente um pouco a compreensão pelas nossas. Está  portanto combinado que voltarei para junto de você na sexta-feira. Teria até saído na quinta-feira, se, nesse dia, não devessem mandar vir de bastante longe uma boa tia que não me via há 45 anos e que deseja muito ver se estou ainda um pouco parecido com o jovem sobrinho que ela viu com 7 a 8 anos de idade. Tenho certeza de que ela me achará mudado; quanto a mim, não guardei lembrança nenhuma de seu rosto, então não vou assustar com nada.

     Quando estou em Vaugirard, apenas lhe sou útil para indicar-lhe a fazer mil coisas que você imaginaria bem sozinho, mas que o incito a executar mais prontamente. Para continuar, mesmo de longe, esse papel estimulante que o importuna um pouco, embora tenha sua vantagem, mesmo para seu progresso espiritual, assinalo aqui duas ou três coisas que me parecem ser bastante urgentes.

 

            1o Ver o R.P. Olivaint, para pedir-lhe se não poderia dar-nos alguns dias de retiro imediatamente depois de nossa famosa festa. Não podemos contar com o R.P. de Ponlevoy que está invisível, e que o irmão porteiro assegura estar impedido absolutamente até o fim de outubro. É bem essencial que esse retiro seja bom e sólido, todos os nossos irmãos precisam dele; os de Arras, o Sr. Halluin o primeiro, contam aproveitá-lo. Se o Pe. Olivaint não puder se encarregar dele, lhe dará talvez alguma boa idéia; de outra forma, procurarei, escrevendo ao R. Pe. de Ponlevoy, ter  alguma solução; mas chegou o momento de cuidar disso.

 

            2o Perguntar ao Sr. Dedoue se quer colocar a primeira pedra de nosso pequeno santuário de Nossa Senhora da Salete, e examinar entre nós como se faria essa solenidade: seria na presença da Comunidade somente ou convocando estranhos? Como convocá-los? O Sr. Boutron teria podido indicar os mais zelosos membros da Obra do domingo, mas ele está ausente e não voltará antes do 15 ao 20 de setembro. Poderíamos fazê-lo anunciar pela Semana Religiosa. Tudo isso é a examinar.

 

            3o Mandar bilhetes da festa à Senhorita Gauthier, 16, rua Ne Ste Geneviève, com uma pequena carta; fazer-lhe notar que teremos muita chance de êxito nas famílias que têm filhos, se conseguirmos de seus pais que lhes permitam encarregarem-se da colocação.

 

            4o Seria muito essencial garantir, em diversos bairros, locais de depósito, para que se possa mandá-los anunciar pelo Messager de la Charité e por alguns jornais religiosos, que não recusarão fazê-lo. Acho que os Srs. Alcan, Dona Bouasse-Lebel, Dona Letaille pelo Sr. Roussel, e, por nossos irmãos ocupados com o patronato, outras pessoas, em diversos bairros, receberiam com boa vontade esses depósitos.

 

            Poderia-se também levar bilhetes ao Sr. Roussel, pintor-vidraceiro,  que tem uma loja de objetos religiosos, na rua do Vieux-Colombier, n. 15 ou 19. Ele indicaria de bom grado os membros de São Francisco Xavier, aos quais seria possível propor bilhetes e ele mesmo, com sua família, colocaria alguns.

            Os padeiros das Conferências de São Vicente de Paulo. O Sr. Picard, 6 rue de Sèvres, fabricante de bronzes; Sr. Froidevaux, papeleiro na Cruz Vermelha. O relojoeiro ao lado do Sr. Froidevaux: ele faz parte da Conferência da Abbaye-aux-Bois. Se o Sr. Ratel entendesse bem a coisa e que esta lhe fosse bem apresentadapoderia dar-nos boas indicações: quase toda a sua freguesia é cristã. O Sr. Chaumont, comerciante de vinhos, rua du Four, (o Sr. Paillé). A Sra. Baronesa dOrgerus colocaria alguns também. O Sr. Dupleix, comerciante de vinhos, rua du Bac (o Sr. Paillé). Todos os nossos fornecedores. O Sr. Daniel-Deray, fanqueiro da rua du Bac (o Sr. Paillé).

 

            Se cada um de nós se puser a pensar, com boa vontade, achará muitas portas abertas e, por meio de um indo a outro, poderá conseguir boa receita. Mas o tempo é bem curto, aí está nossa miséria, então, aproveitemo-lo bem.

 

            Adeus, caro e bom amigo, assegure todos os nossos irmãos de minha terna afeição; fiz uma pequena oração, em união com eles, em todos os campanários que encontrei na minha estrada, e vi muitos; por que, como esses campanários, tudo ao nosso redor não é para nós uma ocasião de orar? Peçamos o espírito de oração, e teremos tudo com ele.

 

            Minha carta devia partir esta manhã, ei-la atrasada até esta noite; chegarei quase ao mesmo tempo que ela, mas, já que está feita, deixo-a partir.

 

            Seu devotado e afeiçoado amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost 

 

 

 

 

 

 




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