O Sr. Le
Prevost insiste para que o Sr. Caille deixe vir o jovem Allard a Vaugirard. A
saída do irmão Guillot para Amiens é iminente. A saúde do Sr. Le Prevost o
obrigará sem dúvida a afastar-se algum tempo da Comunidade.
Vaugirard,
17 de outubro de 1856
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Recebemos com uma grande satisfação o venerável Sr. Mangot, cuja presença
entre nós nos edificou muito. Continuou sua viagem, após ter parado apenas dois
dias em Paris, mas prometeu rever-nos de passagem, na sua volta para Amiens.
Esperamos que, se ele não estiver apressado demais, possa prolongar um pouco
mais essa segunda visita.
Acolhemos o jovem Sr. Dufour, que você nos enviou e que acompanhava o Sr.
Mangot; seu exterior previne em seu favor, mas sua grande juventude de um lado,
e do outro lado, o pouco tempo que tivemos até agora para conhecê-lo, não nos
permitem ainda prever nada sobre seu futuro.
Não desaprovo, meu bom amigo, a decisão que você tomou de suspender a saída
para Vaugirard do Sr. Allard; você o fez para o maior bem e com justas razões,
já que o Sr. padre de Brandt, cuja benevolência para conosco exige de nossa
parte tanta deferência e gratidão, inclinava-se para esse parecer. Todavia,
após ter pensado bem nisso diante de Deus, parece-me que seria desejável que
nosso jovem amigo tomasse corajosamente sua resolução e chegasse entre nós.
Hesitou tanto tempo para determinar-se que a Comunidade, após a
generosidade que usou para com ele, tem direito de pedir-lhe um ato de
vontade e de sacrifício um pouco decidido, como testemunho de seu firme desejo
de servir ao Senhor em união com ela. Acredito, aliás, que nisso haverá para
ele graças de estado, de modo todo particular na Casa-Mãe, e que reencontrará
ali os apoios de que precisa. Espero que o Sr. padre de Brandt não ache ruim
comigo, por não partilhar absolutamente sua opinião. Tive que julgar um pouco
as coisas do ponto de vista da Comunidade, ao mesmo tempo, no interesse de
nosso jovem irmão. Conto com o benevolente interesse do Sr. de Brandt, para
firmar esse querido filho, se a medida que peço lhe fosse um pouco penosa.
Não adiarei a partida de nosso irmão Guillot, sinto bem que ele lhe é
necessário. Vou tomar minhas medidas, para que vá a Amiens no começo da semana
que vem. Desejo muito que a vinda do Sr. Allard se efetue no mesmo tempo;
poderemos assim fazer um tipo de compensação para alguns serviços que, com a
partida do Sr. Guillot, vão ficar prejudicados. Se, um pouco mais tarde,
uma necessidade manifesta se fizesse sentir de um novo ajudante em sua casa,
faríamos todos os nossos esforços para ajudá-lo. Mas, neste momento, poderíamos
dificilmente mandar-lhe dois irmãos. Estou ainda bem incerto se não vou ser
forçado a me afastar ainda por alguns meses. Neste caso, seria sem dúvida
forçado a levar comigo algum dos nossos; seria um novo vazio, que teríamos
dificuldade para preencher.
Fico sabendo com uma satisfação muito viva das marcas de bondade e de proteção
que lhes deu Monsenhor de Amiens; a acolhida tão repleta de benevolência que
ele nos havia feito aqui devia nos fazer esperar seu apoio paterno.
Procuraremos merecê-lo por nosso zelo, nossa submissão e nossa dedicação;
procuraremos sobretudo, por nossa fidelidade à graça, tornar-nos dignos da
proteção divina, sem a qual todas as outras ajudas não serviriam para nada.
Deixe-me informado de tudo o que diz respeito a seu projeto de aquisição; não
entendi bem por quem e em nome de quem a compra seria feita.
Assegure o Sr. Giraud de todas as nossas simpatias na aflição que o Senhor quis
lhe mandar; toda a nossa Comunidade rezou por sua boa mãe; temos a confiança de
que o Senhor fez misericórdia a essa alma simples e cheia de fé e de piedade.
Adeus, meu excelente amigo; ofereça meu respeito ao Sr. padre de Brandt; abrace
por mim os caros irmãos Marcaire e Allard.
Seu devotado Pai e amigo em N.S.
Le Prevost
|