Que o irmão
Guillot possa ficar livre de um negócio de família. Devoção marial. Respeito da
autoridade e vida fraterna.
Cannes, 8
de novembro de 1856
Caro
filho em N.S.,
Mando-lhe
uma carta de sua irmã, que consente na solução que você lhe propôs.
Você
terá a bondade de mandar, por uma palavra de carta, a nosso irmão Paillé, que
vou encarregar de acompanhar esse pequeno negócio, o nome da região em que
habita sua irmã e o nome do tabelião (Sr. Pinson, acho). Se escrever à sua
irmã, você lhe dirá que será mais cômodo que ela lhe dê logo, e de uma só vez,
os 500f,
porque, na medida do possível, a Comunidade deseja que os irmãos, após seus
votos, não tenham que cuidar de negócios.
Penso,
caro filho, que você está agora bem acostumado à sua nova posição e que se
aplica em fazer dia a dia tudo o que o Senhor pede. Procure muitas vezes
dentro de si o que Ele lhe está dizendo e, segundo a palavra da Santíssima
Virgem Maria, nossa Mãe, faça tudo o que Ele lhe disser. Desconfie de si mesmo
e confie grandemente no seu divino apoio; viva em submissão para com o nosso
Pe. Caille e em terna fraternidade com o irmão Marcaire, que continua posto
depois do Sr. Caille na casa e a quem você deve uma fraterna deferência, como
um irmão mais novo a seu irmão mais velho. Em comunidade, não é a idade que
regula as posições e os ofícios, não são nem os talentos ou capacidades, é a
decisão dos Superiores que Deus inspira e que governam tudo segundo suas
vistas.
Adeus,
caríssimo amigo, permaneça na caridade do nosso divino Salvador e tudo será bem
para você; ame também com muita ternura a Santíssima Virgem, nossa protetora e
nossa Mãe; se você tiver por ela um espírito todo filial, sentirá seu amor
materno velar em tudo por você e cercá-lo de amor e de ternas solicitudes.
Seu,
em J. e M., seu devotado Pai e amigo
Le Prevost
Abrace
meu irmão Marcaire e também nosso pequeno Defosse, se é sempre bom menino.
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