Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText
Jean-Léon Le Prevost
Cartas

IntraText CT - Texto

  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 422 - ao Sr. Halluin
Precedente - Sucessivo

Clicar aqui para desativar os links de concordâncias

422 - ao Sr. Halluin

Dificuldade de acolher novas crianças. Agir em vista do bem geral da obra e segundo a vontade de Deus. O Sr. Le Prevost responde a uma pergunta sobre a natureza da renovação dos votos. Bênção da capela de Nossa Senhora da Salete.

 

Cannes, 20 de novembro de 1856

 

            Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

            A distância do nosso localcoloca longos atrasos em nossas correspondências, procurarei não aumentá-los demorando eu mesmo para responder-lhe.

 

            Quanto à pergunta colocada na sua carta, a respeito das crianças do “Abrigo”, acho como você que deve ser examinada, ao mesmo tempo, sob o ponto de vista espiritual e moral e sob o aspecto material. A admissão em massa de 25 crianças talvez muito malcriadas e muito mal vigiadas, até agora, não pode atrapalhar o espírito de sua casa, criar dificuldades para você e comprometer o resultado de seus sacrifícios e de seus esforços? Se você tem razão para pensar que não será assim, é um ponto bem essencial para preparar sua decisão.

 

            Por outro lado, essas crianças não aumentarão demais as classes, não tornarão a vigilância difícil demais? Acharão com facilidade seu lugar nos locais do estabelecimento? Enfim, não acrescentarão muito ao número de suas cargas e despesas? Se você também uma resposta satisfatória a essas perguntas, me pareceria possível aceder ao desejo dos Srs. Administradores do “Abrigo”. O bem a fazer é inquestionável. Pode ser feito sem prejudicar a obra tão importante que Deus colocou em suas mãos? Aí está todo o assunto do exame. Parece-me, caro Senhor padre, que deveria recomendar particularmente a coisa ao bom Deus, pelo intermediário da Santa Virgem, e, depois de um quarto de hora de exame aos pés do Senhor, tomar a decisão que Ele lhe inspiraria. Creio que você deve, quanto ao presente, tender a conservar sua casa dentro de limites restritos, para bem organizá-la e não dar-lhe um desenvolvimento apressado demais, mas o caso presente tem circunstâncias particulares que exigem consideração. Não desaprovo, de minha parte, uma decisão afirmativa se, depois de exame diante de Deus dos pontos que toquei, você lhes achasse uma resposta satisfatória.

 

            Não respondo à carta de nosso irmão Carment hoje, para não atrasar o envio desta. A pergunta que ele me fazia sobre a renovação dos votos na festa da Apresentação terá sido resolvida por você facilmente, acho eu. Essa cerimônia da renovação não acrescenta nada à extensão nem à duração dos votos, não passa de uma reiteração260, no fundo do coração e na expressão exterior, do sentimento que nos levou a nos consagrar a Deus; é um ato de piedade, nosso caro irmão devia, portanto, fazê-la com todos os irmãos professos.

 

            Acho que o Sr. Myionnet o terá satisfeito para os cobertores. Vou repreendê-lo por ter demorado tanto para escrever-lhe e convidá-lo a fazê-lo mais regularmente. Mesma recomendação será feita ao irmão Bassery.

 

            Adeus, caro Senhor padre, recomendo-me às suas orações, estando há alguns dias mais enfermo, sem, todavia, estar de camaPeço as boas lembranças de toda nossa pequena família de Arras, que me é bem cara e que eu mesmo recomendo muitas vezes a Deus.

 

            Acredite, caro Senhor padre, em todos os meus sentimentos de terna afeição em Jesus e Maria.

            Seu amigo devotado e Pai

 

                                               Le Prevost

 

            O Sr. Dedoue, Vigário Geral, presidirá amanhã, 21 de novembro, a renovação dos votos em Vaugirard; depois da Missa colocará a primeira pedra da capela de Nossa Senhora da Salete261.

 





260 No texto francês, há a palavra itération. Encontra-se mais vezes o verbo (réitérer) do que o substantivo.



261 “...A pedido do Sr. Le Prevost, Superior e fundador da Comunidade dos Irmãos de São Vicente de Paulo, e do Conselho da dita Comunidade, para cumprir uma promessa feita por eles a Nossa Senhora Reconciliadora, em agradecimento por vários benefícios que obtiveram dela, entre os quais os mais marcantes são a cura de três crianças do Orfanato, a aquisição do terreno onde está situada a capela, uma assistência toda particular na posição financeira em que se encontrou a dita Comunidade durante o ano 1856, e enfim o restabelecimento do Sr. Le Prevost; na presença dos Srs. o padre J. B. Henri Beaussier, diretor espiritual da Comunidade, Clément Myionnet (na ausência do Sr. Le Prevost), Superior; Louis Lantiez, Henri Planchat, Emile Hello, Louis Roussel, padres da dita Comunidade; do irmão Louis Paillé, Superior de Nazareth, dos Irmãos Maurice Maignen, Edouard Polvêche, Alphonse Vasseur, Louis Boursier, Emile Beauvais, Jean-Marie Tourniquet, Augustin Bassery, dos Irmãos noviços e das crianças do Orfanato; temos benzido e colocado a primeira pedra, dada pelos órfãos, da capela dedicada a Nossa Senhora Reconciliadora, erigida no estabelecimento dos órfãos de São Vicente de Paulo...” (Extrato da ata redigida e assinada em Vaugirard no dia 21.11.1856 pelo Cônego Dedoue, Vigário geral). 





Precedente - Sucessivo

Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText

Best viewed with any browser at 800x600 or 768x1024 on Tablet PC
IntraText® (V89) - Some rights reserved by EuloTech SRL - 1996-2008. Content in this page is licensed under a Creative Commons License