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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 432 - ao Sr. Planchat
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432 - ao Sr. Planchat

O Sr. Planchat deve dominar sua impetuosidade natural e deixar-se conduzir por seu diretor, o padre Beaussier. As Conferências eclesiásticas. Os irmãos leigos têm necessidade de serem amparados. O Sr. Le Prevost reza pela família Planchat.

 

Cannes, 10 de dezembro de 1856

na oitava da Imaculada Conceição

 

            Caríssimo padre e filho em N.S.,

 

            Aguardava há algum tempo a cartinha que me escreveu, pois você nunca está entre os últimos, quando se trata de uma delicadeza e de uma atenção de coração. Fiquei sensibilizado e lhe agradeço. Preciso, aliás, manter-me em comunicação íntima com todos os meus bem-amados filhos; sinto um mal-estar quando não sei muito bem como estão. Sua pequena epístola veio tranqüilizar-me, no que lhe diz respeito, já que está sempre em boas relações com Deus, com seus irmãos e consigo mesmo; fora de algumas misérias quotidianas que são como a poeira que voa, que dissipamos um pouquinho, mas da qual uma parte, inevitavelmente se gruda a nós. Essa poeira, para você, caríssimo amigo, é a falta de regra em seus movimentos e a impetuosidade mal controlada de seus ímpetos naturais; reprimi-los será sem dúvida a obra de toda a sua vida, mas você dedicar-se-á a isso com a boa vontade e a perseverança que põe nas obras de fora. Aprouve ao divino Mestre que cada um de nós tivesse, assim, uma dupla tarefa, por dentro e por fora, ambas sendo igualmente meritórias, se forem a nos animar a caridade e o desejo de glorificar a Deus.

 

            Alegro-me muito pelo apoio de seus conselhos e de seus encorajamentos que o nosso padre Beaussier traz-lhe de novo, ele é o homem da esperança e da confiança em Deus; os que têm esses dons são poderosos para amparar os outros. Não descuide, caríssimo amigo, de aproveitar esse socorro e, na medida do possível, esforce-se para que os outros também sejam por ele beneficiados. Com zelo vigilante, faça com que, em particular, as pequenas Conferências que devem realizar-se a cada quinze dias não sejam esquecidas, e que sejam também bastante preparadas para terem uma real utilidade269.

 

            Peço-lhe também para fazer tudo o que depender de você para edificar os jovens irmãos leigos, as muitas preocupações do Sr. Myionnet não lhe deixam talvez toda a liberdade de espírito necessária para que seus cuidados e sua vigilância não os negligenciem nunca. Eles têm necessidade de muitos apoios e, sendo que aprouve a Deus que até agora não tivessem mestre de noviços, é preciso que todos os irmãos antigos, com a medida e a circunspeção que se deve colocar em tudo, aproveitem todas as oportunidades de instrui-los, de ampará-los, de edificá-los.

 

            Vou rezar a todas as intenções que você me recomenda, particularmente para obter que o apoio do Sr. Codant não falte à sua Santa Família. Rezarei também por seus pais que afeiçôo sinceramente. Deus ouvirá nossos votos por seu pobre Eugène270, cuja situação é digna de interesse. Não creio, no entanto, que se possa contar bastante sobre ele para tirá-lo da tutela salutar em que a Providência o colocou. Penso que é preciso deixá-la conduzi-lo, e que se arriscaria muito mudando sua via.

 

            Adeus, meu excelente amigo; reze por mim, a oração é nossa vida e o sopro que anima nossas obras, rezemos portanto, sem nunca cansar.

 

            Seu amigo e Pai em N.S,

 

                                               Le Prevost

 





269 “...logo que nossos primeiros padres foram em quatro, já tinham sido realizados algumas tentativas de conferências eclesiásticas (em que tratavam das matérias da teologia dogmáica e moral, aplicada a seu ministério. Mas essas tentativas não haviam vingado, por falta, sem dúvida, de uma direção autorizada. O Sr. LP., então leigo, não podendo presidir essas conferências, foi o Sr. Beaussier, pai espiritual da Comunidade, que se encarregou disso. A primeira sessão aconteceu no dia 17 de outubro de 1856, e essas reuniões continuaram em seguida regularmente”. (Cf. VLP. 1, 550).

 



270 Seu jovem irmão. Será a ele que o Sr. Planchat escreverá sua última carta antes de morrer, em 26 de maio de 1871.





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