P.S. do Sr.
Le Prevost
Sua saúde melhora. Desejo de rever um jovem
confrade e de trabalhar com ele.
Cannes, 8
de fevereiro de 1857
Meu caríssimo confrade,
Nossos irmãos de Nazareth não terão deixado de comunicar-lhe as boas notícias
que lhes mandei a respeito da saúde de nosso caro Padre. O Sr. Le Prevost teve
um momento difícil, uma grande inflamação de entranhas o tendo reduzido a quase
não mais beber nem comer, com uma grande prostração. Para uma saúde tão frágil,
esse estado era inquietante, mas a inflamação tendo desaparecido pela secura do
ar, ou antes, as orações numerosas tendo conseguido acabar com esse estado, o
Sr. Le Prevost pôde retomar a comida, e as forças voltaram. Quando cheguei, o
Sr. Le Prevost ainda estava fraco, mas de dia a dia sua saúde melhorou, de modo
que, neste momento, está em seu estado habitual. Não sei precisamente em que
época estarei de volta em
Paris. O Sr. Le Prevost pensa em mandar-me de volta no mês de
abril. Lamento muito não poder, com você e sob a sua direção, cuidar de nossa
querida obra de Nazareth. Conversamos muitas vezes sobre você, sua dedicação
tão animadora e o zelo tão benevolente de todos esses Senhores do Conselho, que
colaboram com você em favor de nossa querida obra. Segurados ao longe e
forçosamente inativos neste momento, nós o ajudamos ao menos por nossas orações
e o pagamos no fundo do coração por nossa bem viva afeição.
Espero que você logo terá de cuidar da fundação da casa do bairro dos Gobelins.
Quando saí, aguardava a volta do Sr. Delaveau. Deve estar atualmente em Paris,
acabo de escrever-lhe, ele irá entender-se com o Sr. Baudon. Peçamos a Deus
para que Ele leve essa obra para um final feliz, será talvez mais uma de suas
cruzes, mas são cruzes que amamos; conduzem ao Céu.
Esqueci de dizer-lhe, antes de minha saída, que o casal, para quem se pede um
alojamento em Nazareth, ao preço de 1.000f, é muito idoso: ambos têm 75 anos.
No caso de achar-se que 1.000f
não seriam suficientes, estariam dispostos a acrescentar alguma coisa. O Sr.
Maignen, se você quiser, tratará desse negócio. Como achar um quarto? Aí está o
difícil; no entanto, 1.000f
ou 1.200f
não são a desprezar na posição de nossos negócios.
Lembre ao irmão Maignen que ele precisa obter da Irmã Saint François uma
coletora; espero que você tenha encontrado um meu substituto, para
a oração em Nazareth na quinta-feira. Continue, por favor, fazendo rezar por
nosso querido Padre. O momento em que se começou a rezar por ele de uma maneira
fervorosa foi o de sua ressurreição; se pegarmos no sono, uma nova queda
poderia acontecer; mas seu coração é dos que sempre velam; estou tranqüilo.
Receba, meu caríssimo Confrade, a expressão de meus sentimentos afetuosos;
queira apresentar a todos esses Senhores do Conselho a expressão de meu
respeito e de minha gratidão.
Seu devotado confrade
Paillé
Meu excelente amigo, eu próprio acrescento duas linhas para atestar, com nosso
caro irmão Paillé, que ainda não estou morto. É uma prorrogação, sem dúvida,
que não deveria durar muito tempo, mas, se julgar pelas aparências, me
permitirá revê-lo e talvez trabalhar ainda um pouco com você, a serviço de Deus
e de suas obras. Enquanto isso, rezo por você e por nossos bons e dedicados
amigos, e amo-o e o amarei até o fim.
Seu todo afeiçoado amigo e irmão em N.S.
9 de
fevereiro de
1857
Le Prevost
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