P.S. do Sr.
Le Prevost
Perseverar na obra de sua santificação pessoal.
Trabalhar para melhorar as obras caritativas que lhe foram confiadas. Questões
financeiras.
Grasse, 6
de março de 1857
Meu caríssimo irmão,
Teria querido entretê-lo muito tempo; apresso-me, a hora da partida das cartas
aproxima-se.
O Sr. Decaux me faz pedir, por meio do Sr. Planchat, os documentos para a
impressão do Manuel de la
Ste Famille. Você sabe que entreguei o
conjunto ao tipógrafo. Diga-o a esses Srs. e veja na gráfica como está. Pedi ao
Sr. Hello para encarregar a você do serviço na mesa e para mostrar-lhe
deferência a respeito do que ele deve comer.
O Sr. Le Prevost deseja que lhe mandea carta que lhe escreveu o Sr. Carment,
sobre a obra do Sr. padre Halluin. Estou bem contente de que você tenha
apressado a aquisição da cátedra; que o Sr. Hello sirva-se dela. Teria desejado
informações suas sobre a organização e o resultado das reuniões da noite, a
maneira como você as conduz, sem prejudicar suas reuniões de aprendizes.
Estaria bem contente de saber o que você fez para suas contas. O Sr. Emile é
encarregado da Caixa de poupança? Ele deposita todos os meses? Qual é o total
de seu déficit? Quais são suas previsões para preenchê-lo? Tudo isso,
sumariamente.
Antes de minha saída, você tomara práticas muito boas para manter-se no
espírito interior. Alegrava-me em meu coração e contava muito com isso para seu
progresso espiritual. Na adoração das 11h e 15m, você devia recolocar sob seus
olhos os frutos, as resoluções principais de seu retiro, pensar na presença de
Deus em você para santificar-se, recolocar diante de seus olhos a vontade de
Deus, relativamente às coisas de que você tem que cuidar, para escapar à
fraqueza de sua vontade que se deixa levar ao que lhe agrada no momento.
Lembrar-se de que as tentações são ocasiões de vitórias e que devem ser
recebidas na calma. Estou feliz por pensar que você é fiel a todas essas
práticas e peço ao Senhor por você, irmão bem-amado.
Deixo a pena ao Sr. Le Prevost; abraço-o no Coração de N.S.
Paillé
Caro filho,
O irmão Paillé faz tão bem, que não sobra para mim um minuto para fechar esta
carta. A indisposição do irmão Ernest me impediu de escrever-lhe direta e mais
longamente como tinha resolvido. Tenha plena certeza, caro filho, de que a boa
vontade não me falta e que o farei de todo o meu coração logo que puder. Amo-o
sempre bem ternamente e não desejo nada tanto, como vê-lo continuar e
aperfeiçoar sempre a obra de sua santificação, ao mesmo tempo que as obras
caritativas de que você está encarregado.
É bem fácil, caro filho, responder à pergunta do Sr. Blondel. Embora a casa de
Vaugirard e a de Nazareth dependam de uma mesma Comunidade, elas têm, no
entanto, uma contabilidade separada. A casa de Vaugirard, tendo emprestado 10.000f a Nazareth, tive
que indicá-lo em meu registro, para anotar a fonte dos fundos que serviram para
cobrir as despesas. Mas como, afinal, eu era quem dispunha desses 10.000f, que
tinha aplicado em Vaugirard, eu podia destiná-los, segundo meu critério, ao uso
da obra de Nazareth. Foi, com efeito, o que aconteceu. Essa explicação sendo
ainda longa demais, é preciso dizer somente ao Sr. Blondel que, inscrevendo no
meu livrete tanto as receitas como as despesas, tive que indicar, para
lembrança, em receitas os 10.000f
fornecidos por mim, a fim de indicar a fonte dos fundos que serviam para cobrir
as despesas.
Adeus, caríssimo filho; acabo de receber uma carta muito boa do Sr. Decaux; ela
cruzou-se com aquela que eu mesmo lhe escrevia. Agradeça-o por sua terna e fiel
amizade, por seu afetuoso e cristão devotamento; irei, espero, agradecer-lhe
logo; tenho, porém, sempre algumas misérias quotidianas de saúde.
Assegure o Sr. Leblanc de que vou escrever-lhe; não faço quase nada do que
quero, estou atrasado para tudo.
Seu amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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