A formação religiosa dos jovens irmãos. O Sr.
Le Prevost convida o Sr. Halluin a dar prova, para com seus jovens religiosos,
de paciência, de afeição, de firmeza e de indulgência.
Vaugirard,
1o de maio de 1857
Caríssimo Senhor padre e filho em N.S.,
Mando-lhe de novo, de muito bom grado, o irmão Carment e espero que o retiro,
nossas exortações e, sobretudo, a proteção da Santa Virgem da qual ele é o
filho, torná-lo-ão mais flexível entre suas mãos. Sua boa vontade é sincera,
tem para com você sentimentos de respeito e de apego, mas seus primeiros
movimentos são tão mal dominados, que poderá certamente ainda dar-lhe alguns
instantes de aflição. Tenho confiança, no entanto, de que serão raros e
passageiros e não prejudicarão notavelmente a obra à qual ele deve suas
afeições e seus cuidados. Não perco a esperança de que, com o tempo, ele dê a
você uma assistência mais contínua e mais útil. O entrosamento de irmãos vindos
de fora com o conjunto da obra teria sido difícil com todos os religiosos,
quaisquer que fossem, mas ela é forçosamente bem mais lenta ainda com os
defeitos do irmão Carment. esteja bem assegurado, caro Senhor padre, de que
sinto vivamente as penas de sua posição e que somente a impossibilidade
impede-me de dar-lhe um auxiliar mais eficaz. Talvez o bom Mestre nos
proporcione, um pouco mais tarde, novos recursos. Esses duros trabalhos das
fundações são, de resto, seu primeiro mérito aos olhos de Deus; provam e
quebram seus servidores e os traz ao grau de paciência e de abnegação em
que seu amor os quer.
O irmão Bassery volta para você quase completamente restabelecido, os primeiros
dias lindos vão acabar de fortalecê-lo. É um excelente sujeito, manso, piedoso,
de um caráter amável. Desejo muito que fique firme em sua vocação. Pode prestar
verdadeiros serviços em nossas obras, e sua boa natureza o torna muito próprio
a contribuir para a união das duas casas que habitou sucessivamente.
O irmão Carment entregar-lhe-á 300f.
É a quase totalidade de sua pequena mesada. Estou feliz por contribuir, por
meio desse recurso, a diminuir um pouco os encargos da casa de Arras.
Nosso retiro foi bom e edificante, não tão elevado, no entanto, que o último. O
jovem irmão Brice tinha uma certa dificuldade para tirar proveito dos
exercícios, embora eu tivesse designado um dos nossos Srs. mais avançados, para
ajudá-lo um pouco. Ele chegou até o fim, acho, com um pouco de satisfação, bem
explicável na idade dele. Pode bem ser a mesma coisa para o jovem Jules, embora
me tenha assegurado não ter dificuldade para acompanhar as instruções.
O Sr. de Lauriston vai, até agora, muito bem. Tenho boa confiança. Seu
excelente coração e sua piedade serão, com a graça de Deus, seus apoios durante
o tempo sempre um pouco duro do noviciado.
Estamos reorganizando alguns exercícios que a Quaresma e os trabalhos
multiplicados haviam obrigado os irmãos Myionnet e Lantiez a negligenciar
temporariamente. Em particular, o curso de religião e a explicação quotidiana
do regulamento. Muito desejaria também poder encarregar alguém dos irmãos mais
antigos da conduta habitual dos jovens irmãos, para que fossem formados
regularmente e com continuidade. É um grande negócio formar homens para a
perfeição cristã, fazer deles verdadeiros religiosos, aptos a concorrer para a
salvação do próximo. Reze, caro Senhor padre, para que cheguemos a esse
resultado tão interessante para toda a nossa pequena família.
Adeus, caríssimo Senhor padre; não escrevo hoje ao bom irmão Loquet, tendo um
pouco de cansaço do retiro; agradeço-lhe sua boa carta e conto sempre com seu
zelo e sua dedicação. Abraço toda a querida família de Arras, e todo
particularmente aquele que a conduz.
A você bem cordialmente em Jesus e Maria.
Seu afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
Lamentamos a saída imprevista do Sr. Daviron. Acho que teria ficado bem
satisfeito com o retiro, que estava mais à altura dos homens já um pouco
adiantados do que dos iniciantes.
O irmão Carment está avisado de que seu quarto foi usado para outra destinação.
Peço-lhe, aliás, caro Senhor padre, para juntar com ele a firmeza à
indulgência. Ele tem grande necessidade de sentir que você é o mestre. Ele não
tem uma razão bastante firme e constante para caminhar, sem sentir a autoridade.
O bom Deus inspirar-lhe-á a justa medida de caridade e de paciência e, ao mesmo
tempo, de energia que é preciso guardar com ele.
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