Disposições encaradas para ajudar a mãe do
irmão Marcaire.
Vaugirard,
14 de junho de 1857
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Nosso caro irmão Jules Marcaire não pôde, até agora, voltar para junto de você;
era preciso ele procurar meios de resolver a posição de sua mãe, e a coisa não
é sem dificuldade. Após exame da situação, chegamos à convicção de que esse bom
filho não poderia consegui-lo sem um pouco de ajuda da Comunidade, e também sem
um pouco de condescendência. Acho que se pode conceder que a Senhora sua mãe
more, senão na casa da Comunidade, ao menos na vizinhança, a fim de que ele a
veja muitas vezes, a console e vigie sobre ela. Acredito também que o
alojamento dessa boa senhora deve ficar a cargo da Comunidade, porque seus
recursos próprios não seriam plenamente suficientes para suas necessidades; com
essa ajuda, ela pode se virar.
Temos encontrado um meio de tudo resolver, oferecendo-lhe um quarto na parte da
casa de Nazareth reservada para o alojamento dos casais. Mas, no caso se
determinasse assim a coisa, precisaria trazer de volta a Paris o irmão Jules e
mandar para você um outro irmão no seu lugar. Repugno a isso, porque acho que
irá prejudicar sua casa, na qual o irmão Jules está acostumado e que ele
conduz, acho, a seu contento. Penso que sua mãe iria a Amiens de tão bom grado
como a Nazareth, se fosse possível, fora da Comunidade, (esse ponto me parece
bem essencial) dar-lhe um quarto onde ela pudesse se alojar. Precisaria que
esse quarto tivesse alguns móveis, porque ela não pode decidir-se a vender os
seus presentemente e até sua posição estar verdadeiramente fixada em algum
lugar. Veja, meu bom amigo, o que lhe pareceria possível e desejável a esse
respeito; desejo não impor-lhe novas cargas e estou totalmente disposto a
substituir o irmão Jules por outro irmão; mas, se você fizesse questão dele
particularmente, não haveria outro meio de resolver a dificuldade senão
procurando, na vizinhança de sua casa, um alojamento bem pequeno para a mãe de
nosso irmão. Examine depressa a coisa, por favor, e diga-me, quanto antes, seu
parecer, a fim de que eu veja se as providências poderiam ser tomadas no
sentido que lhe conviria melhor.
Vamos bem aqui, vamos escrever-lhe em breve mais detalhadamente.
Abrace por mim o irmão Henry [Guillot], e acredite, você mesmo, na minha mais
terna afeição.
Seu amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Respeitos ao Sr. padre Mangot.
Não falei ao irmão Jules de meu pensamento para Amiens e lhe fiz a proposição
somente para Nazareth; ele pensou que ele seria bem aceita por sua mãe; acho,
no entanto, que ela organizar-se-ia também com a outra combinação, se
você a julgasse preferível: em caso contrário, acredito que lhe mandaríamos o
irmão Emile [Beauvais].
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