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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 477 - ao Sr.  Caille
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477 - ao SrCaille

Notícias dos irmãos. O irmão Tourniquet visita a família Marcaire. Prudência antes de comprometer-se em acolher uma obra novaPreparativos da bênção da nova casa em Amiens. Bênção da casa de Grenelle.

 

Vaugirard, 1o de julho de 1857

 

            Meu excelente amigo e filho em N.S.,

 

            Fico sabendo com alegria que tudo se mantém bem em nossa querida casa de Amiens, apesar do peso de seus trabalhos e das preocupações de sua instalação. A saúde de nosso irmão Guillot, somente ela, poderia dar-nos um pouco de cuidado. Veja, meu bom amigo, se não haveria vantagem para ele e para a sua casa em ele mudar de ar por duas ou três semanas; nesse caso, você poderia mandá-lo a Vaugirard, onde cuidaríamos para ele descansar, tendo poucas ocupações. Isso seria o bastante, sem dúvida, para refazê-lo; ele poderia também ir um pouco à casinha de Chaville, que temos ainda para este ano280. Eu lhe mandaria, durante sua ausência, o irmão Thuillier que tem boa vontade e que tem prática agora na vigilância das crianças. Se você achasse que não há urgência e que se pode esperar para depois da mudança, eu seguiria seu parecer.

 

            Vi com grande alegria nosso caro irmão Marcaire firmar-se no serviço de Deus e superar as dificuldades que havia encontrado aqui. O bom Deus e a Santa Virgem o assistiram visivelmente; seu coração não tinha enfraquecido, mas somente seu espírito esteve perturbado um momento pela multiplicidade dos deveres diferentes que via levantarem-se ao seu redor. Assegure-o de minha parte de que mandarei visitar exatamente sua mãe a cada oito dias. O irmão Jean-Marie [Tourniquet], que é muito afetuoso, está encarregado desse cuidado e me presta conta exatamente; ela vai bem presentemente. Mandei-lhe uma pequena importância, para aliviá-la, e mandei prometer-lhe ajudá-la em cada trimestre, mandando-lhe 30f, ou 120f por ano. Assim, ficará bem tranqüilizada. Escrevo ao Sr. Baudon, para que recomende ao Sr. Lafond, seu sogro, o pedido de uma pequena aposentadoria pela administração à qual o Sr. Marcaire estava ligado; alguns detalhes sobre isso ao nosso caro irmão, que encontrará consolo nisso.

 

            Quanto aos dois objetos particulares de sua carta, acho, para a proposição que lhe faz o tabelião, que você está carregado demais de ocupações para aceitar a gestão do legado que quereriam lhe pôr na cabeça. Seria, aliás, fazer gritar a família contra você; uma outra pessoa menos ocupada e mais livre poderá tomar esse encargo caridoso que você não saberia, parece-me, aceitar.

 

            Para o local pedido pela associação Saint Régis281, acredito que seria bem, mostrando toda a boa vontade, dar resposta somente após sua instalação; é somente nesse momento, praticamente,  que você poderá dar-se conta direitinho da possibilidade de acomodar-se a admissão dessa obra na casa com a disposição dos locais. Acho que irei vê-lo para a bênção da casa. Poderei examinar com você esse ponto de detalhe que resolveremos, acho, para o maior bem das obras.

 

            O Sr. Decaux, vice-presidente da Sociedade de São Vicente de Paulo, estaria disposto a vir à bênção da casa, se acontecesse no domingo 26 de julho. Acho que o Sr. Maignen poderia acompanhar-me também; você preferiria, sem dúvida, que ela se fizesse no domingo 19, festa de São Vicente de Paulo. Seria, com efeito, um dia bem escolhido e não vejo razão decisiva para renunciar a essa escolha, se tal é seu desejo. Só que os Srs. Decaux e Maignen não poderiam assistir, já que a bênção da casa de Grenelle282 deve acontecer no mesmo dia 19 de julho. Peço-lhe para dizer me uma palavra a esse respeito.

 

            Adeus, meu excelente amigo; não vamos mal aqui, tenho também boas notícias de Arras. O bom Mestre digna-se vigiar sobre nós e sobre nossas obras; sejamos-Lhe bem fiéis do nosso lado, e seu apoio não irá nos faltar.

 

            Como está o Sr. Deberly? Mostra sempre a disposição de ligar-se à Comunidade?

 

            Abrace nossos irmãos por mim  e ofereça meus respeitos costumeiros aos amigos que querem bondosamente conceder-nos seu interesse caridoso.

 

            Seu amigo e Pai bem afeiçoado em J. e M.

 

                                               Le Prevost

 

 





280 No jornal de Comunidade do sábado 6 de junho, se : “Com a intenção de fornecer aos irmãos cansados um lugar de repouso, o Sr. Superior aluga de novo para o verão a pequena casa de Chaville.”



281 Para cumprir um voto feito no sepulcro de são Francisco-Régis, Jules Gossin, procurador do Rei, mais tarde presidente da SSVP., de 1844 a 1847, tinha fundado em 1826, uma obra consagrada a regularizar as uniões ilegítimas dos meios operários. (Cf. Paris Charitable et prévoyant. Paris 1897, p.433).



282 “Pelo fim do mês de outubro, o Sr. padre Mayeux, Pároco de Grenelle, cedeu aos Irmãos de São Vicente de Paulo, mediante uma renda vitalícia, um vasto terreno situado na rua de Lourmel, no no 29, para estabelecer ali um Patronato e uma comunidade. Foram precisos vários anos para que esse voto do pastor fosse plenamente realizado, mas, desde o fim de 1856, os aprendizes de Grenelle começaram a desfrutar do grande terreno oferecido a seus jogos”. (Cf. VLP., I, p.550). Foi no dia 19 de julho de 1857 que o 2o bispo de Toronto, no Canadá, Dom de Charbonnel, benzeu o patronato colocado sob a proteção de Nossa Senhora da Graça. A bênção da casa do Sr. Caille se fará em Amiens no dia 10 de setembro.





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