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dos irmãos. O irmão Tourniquet visita a família Marcaire. Prudência antes de
comprometer-se em acolher uma obra nova. Preparativos da bênção da nova
casa em
Amiens. Bênção da casa de Grenelle.
Vaugirard,
1o de julho de 1857
Meu excelente amigo e filho em N.S.,
Fico sabendo com alegria que tudo se mantém bem em nossa querida casa de
Amiens, apesar do peso de seus trabalhos e das preocupações de sua instalação.
A saúde de nosso irmão Guillot, somente ela, poderia dar-nos um pouco de
cuidado. Veja, meu bom amigo, se não haveria vantagem para ele e para a sua
casa em ele mudar de ar por duas ou três semanas; nesse caso, você poderia
mandá-lo a Vaugirard, onde cuidaríamos para ele descansar, tendo poucas
ocupações. Isso seria o bastante, sem dúvida, para refazê-lo; ele poderia
também ir um pouco à casinha de Chaville, que temos ainda para este
ano280. Eu lhe mandaria, durante sua ausência, o irmão Thuillier que
tem boa vontade e que tem prática agora na vigilância das crianças. Se você
achasse que não há urgência e que se pode esperar para depois da mudança, eu
seguiria seu parecer.
Vi com grande alegria nosso caro irmão Marcaire firmar-se no serviço de Deus e
superar as dificuldades que havia encontrado aqui. O bom Deus e a Santa Virgem
o assistiram visivelmente; seu coração não tinha enfraquecido, mas somente seu
espírito esteve perturbado um momento pela multiplicidade dos deveres
diferentes que via levantarem-se ao seu redor. Assegure-o de minha parte de que
mandarei visitar exatamente sua mãe a cada oito dias. O irmão Jean-Marie
[Tourniquet], que é muito afetuoso, está encarregado desse cuidado e me presta
conta exatamente; ela vai bem presentemente. Mandei-lhe uma pequena
importância, para aliviá-la, e mandei prometer-lhe ajudá-la em cada trimestre,
mandando-lhe 30f,
ou 120f
por ano. Assim, ficará bem tranqüilizada. Escrevo ao Sr. Baudon, para que
recomende ao Sr. Lafond, seu sogro, o pedido de uma pequena aposentadoria pela
administração à qual o Sr. Marcaire estava ligado; dê alguns detalhes sobre
isso ao nosso caro irmão, que encontrará consolo nisso.
Quanto aos dois objetos particulares de sua carta, acho, para a proposição que
lhe faz o tabelião, que você está carregado demais de ocupações para aceitar a
gestão do legado que quereriam lhe pôr na cabeça. Seria, aliás, fazer gritar a
família contra você; uma outra pessoa menos ocupada e mais livre poderá tomar
esse encargo caridoso que você não saberia, parece-me, aceitar.
Para o local pedido pela associação Saint Régis281, acredito que seria
bem, mostrando toda a boa vontade, dar resposta somente após sua instalação; é
somente nesse momento, praticamente, que você poderá dar-se conta
direitinho da possibilidade de acomodar-se a admissão dessa obra na casa com a
disposição dos locais. Acho que irei vê-lo para a bênção da casa. Poderei
examinar com você esse ponto de detalhe que resolveremos, acho, para o maior
bem das obras.
O Sr. Decaux, vice-presidente da Sociedade de São Vicente de Paulo, estaria
disposto a vir à bênção da casa, se acontecesse no domingo 26 de julho. Acho
que o Sr. Maignen poderia acompanhar-me também; você preferiria, sem dúvida,
que ela se fizesse no domingo 19, festa de São Vicente de Paulo. Seria, com
efeito, um dia bem escolhido e não vejo razão decisiva para renunciar a essa
escolha, se tal é seu desejo. Só que os Srs. Decaux e Maignen não poderiam
assistir, já que a bênção da casa de Grenelle282 deve acontecer no
mesmo dia 19 de julho. Peço-lhe para dizer me uma palavra a esse respeito.
Adeus, meu excelente amigo; não vamos mal aqui, tenho também boas notícias de
Arras. O bom Mestre digna-se vigiar sobre nós e sobre nossas obras; sejamos-Lhe
bem fiéis do nosso lado, e seu apoio não irá nos faltar.
Como está o Sr. Deberly? Mostra sempre a disposição de ligar-se à Comunidade?
Abrace nossos irmãos por mim e ofereça meus respeitos costumeiros aos
amigos que querem bondosamente conceder-nos seu interesse caridoso.
Seu amigo e Pai bem afeiçoado em J. e M.
Le Prevost