O Sr. Le
Prevost pede desculpa por não tê-lo cumprimentado como devia fazê-lo.
Vaugirard,
30 de julho de 1857
Meu excelente amigo.
Ontem, você castigou bem severamente toda a nossa pequena família por um
momento de esquecimento, do qual eu era o único culpado e pelo qual todos não
deveriam ter sofrido comigo. Sob a impressão de vários negócios que acabavam,
um atrás do outro, de ocupar-me bastante vivamente, perdi de vista um instante
sua querida presença na capela, e quando, subitamente, o pensamento dela voltou
para mim, você acabava de afastar-se. Caro bom amigo, já que o Senhor nos
perdoa, ele mesmo, a perda de sua divina presença, você não deveria ter
desculpado minha pobre cabeça bem esgotada, bem incapaz e praticar a
misericórdia para comigo? Fiquei triste toda a noite e penosamente ferido
por tê-lo, mesmo sem querer, deixado de lado. Se, censurando-me por minha
irreflexão, tivesse vindo a nós, você me teria tranqüilizado e enchido de
gratidão. Hoje, só tenho como meio mandar nosso irmão Paillé a você, para que
lhe ofereça meus bem vivos pesares e me traga seu perdão. Espero, caro bom
amigo, que não o recusará e que, como testemunho de sua cordial disposição,
marcará um dia para vir nos visitar de novo e nos indenizar pela decepção tão
triste de ontem à noite. Tenho necessidade de vê-lo e abraçá-lo, para estar em
paz comigo mesmo e me reencontrar contente.
Adeus, meu bem-amado amigo; antecipadamente, aperto-lhe a mão bem afetuosamente
e sou para sempre
Seu amigo e irmão em J. e M.
Le Prevost
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