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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 490 - ao Sr. Guillot
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490 - ao Sr. Guillot

Não se deixar abater nem pela ausência de consolações sensíveis, nem pelo isolamento: a vida de trabalho, de oração e de sacrifíciofica mais meritória aos olhos de Deus por causa disso. “O vento, que sacode o cimo das árvores, enfia mais profundamente suas raízes”.

 

Vaugirard, 8 de setembro [1857]

Festa da Natividade

 

            Caríssimo filho em N.S.,

 

            Escrevo-lhe apenas duas palavras; nosso bom padre Lantiez, que vai nos representar na bênção da casa de Amiens, lhe dará mais ao longo notícias nossas e nos trará suas.

 

            O conteúdo de sua carta não me surpreende, caríssimo amigo; você tem, às vezes, alguns langores espirituais e torpores  de espírito que o impedem de sentir o movimento de sua alma para Deus e a ação do Senhor em você. Esses estados, caríssimo filho, não têm nada de alarmante! Deus os permite para nos fazer sentir nosso nada, nossa incapacidade de fazer algo por nós mesmos. Mas não devemos nem nos perturbar nem desanimar com isso; devemos então voltar-nos simplesmente para o divino Mestre, por um ato de confiança na sua bondade misericordiosa, lembrados de que o Salvador Jesus reza e merece por aqueles que não podem rezar e merecer por si mesmos, esperam tudo dele e entregam seus interesses nas suas mãos. Tenha, portanto, boa confiança, caro amigo. Você trabalha por Deus, obedece aos que O substituem junto de vocêvela com toda caridade sobre as pobres crianças que Ele lhes confiou, permanece fiel aos votos pelos quais se dedicou e se consagrou a seu serviço. Esteja bem certo (e isso eu lhe garanto em  seu nome) de que, assim, vocêpode ser agradável aos olhos dele e que, se Ele não o paga em consolações e doçuras sensíveis, é que Ele quer recompensá-lo muito melhor por um acréscimo de força, de zelo e de corajosa dedicação. Tal será o fruto das provações penosas que você está atravessando. Elas serão como o vento que, sacudindo o cimo das árvores, enfia mais profundamente suas raízes.

 

            Não fique também triste demais, se as ausências freqüentes e os numerosos negócios de nosso caro irmão Caille não deixam a você a folga necessária para expandir-se nele. Você está bem certo de que seu coração se entende com o dele, de que ele o ama ternamente e aprecia seus cuidados e sua boa vontade. Aguarde, portanto, pacientemente momentos que o Senhor proporcionará certamente mais tarde e em que mais expansão e mais intimidade de vida lhe serão possíveis. Até lá, expanda-se em Deus, em Maria, cujos Corações estão sempre abertos e contêm em si todos os tesouros das doces efusões e das santas consolações.

 

            Anunciar-lhe-ei logo o tempo do retiro; espero muito que nada irá impedi-lo de participar dele.

            Abrace por mim nosso caro irmão Marcaire e também  nosso bom Pe. Caille, amem-se muito todos os três; quando dois ou três estão unidos em nome de Deus, o divino Jesus está no meio deles.

            Não vejo inconveniente nenhum no fato de você ter inteira abertura com o Sr. Mangot.

            Adeus, caríssimo filho, acredite em toda a terna afeição de

 

            Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

            P.S. Diga a nosso irmão Jules [Marcaire] que não esqueço sua boa mãe; ela me escreveu nestes dias que viria me visitar. Ofereça meus respeitos aos Srs. Mangot e Deberly.

 




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