Trabalhar
por bem se entender. Esquecer-se a si mesmo para a glória de Deus.
Vaugirard,
3 de novembro de 1857
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Mando-lhe,
sem acrescentar nada, um pequeno resumo de situação e de jornal que, mais uma
vez esta semana, fez o irmão Georges, para lhe ser enviado. Tudo vai como de
costume, nosso mundo está bem ocupado, é um bom meio de viver em paz e de
atrair as graças de Deus. Agradeço-lhe por sua boa carta; temos necessidade, de
vez em quando, de nos assegurar assim de que estamos bem de acordo e que nos
entendemos plenamente. Procuramos em tudo e sempre, e bem unicamente, a vontade
de Deus, abandonamo-nos à sua conduta, certos de que Ele nos conduzirá a bom
fim. Não pensamos em nós mesmos, mas na sua glória; não temos intenções
próprias, mas somente a docilidade para obedecer aos seus desígnios. Com essas
disposições, estamos em
paz. Não entendo que se possa fazer de outro jeito as obras de
fé e de caridade.
O
irmão Vasseur cuida de seus sapatos. Voltarei ao assunto de Angers, se as
circunstâncias parecerem nos conduzir a alguma decisão desse lado. Penso que,
conhecendo-a melhor, você verá nela, como nós, simplesmente uma obra própria a
nos assegurar trabalho. De resto, iremos passo a passo, e não sem consultar o
Senhor.
Peço-lhe
para assegurar todos os nossos irmãos de nossa cordial afeição e receber você
mesmo, caro Senhor padre, meus sentimentos mais devotados em Jesus e Maria.
Le Prevost
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