O Sr. Le
Prevost convida o irmão Carment a voltar à sua comunidade.
Vaugirard,
14 de janeiro de 1858
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Estranho
e fico um pouco inquieto por não ter notícias suas; seu bom pai está menos bem,
ou você mesmo está doente? Espero que não seja nada disso. Tire-me essa pena,
caro filho, escrevendo-me algumas linhas que me tranqüilizem.
Uma
carta que recebo de nosso caro Sr. Halluin me deixa temer que seus embaraços
aumentem ainda; o irmão Augustin [Bassery] vai ser obrigado a ausentar-se e
tornará o pessoal da casa mais restrito, e consequentemente mas carregado.
Portanto, pareceria-me bem desejável, se o estado de seu bom pai não piorou,
como espero, que você possa dar um pouco de alívio ao bom Sr. Halluin, como lhe
dizia ultimamente. As comunicações são tão rápidas e tão fáceis entre Arras e
Amiens que você seria bem depressa avisado, se houvesse alguma razão séria para
desejar sua presença em sua família.
Subordino,
porém, essa observação às circunstâncias que podem ser bastante imperiosas para
exigir o prolongamento de sua estada em Amiens. De outra forma, tenho certeza de que você
levará em conta o embaraço extremo em que se encontra a casa de Arras e que
fará tudo o que depender de você para dar algum alívio por lá. Tinha proposto
ao Sr. Halluin mandar-lhe alguma ajuda de Vaugirard, mas, como o presumia bem,
ele pensou que não se podia, sem inconveniente, mudar tantas vezes as crianças
de direção, que, para estabelecer autoridade sobre elas, era preciso de um
pouco de tempo, e que um de nós, chegando de improviso, não podia logo ter
ascendência sobre elas. Aliás, estamos aqui um pouco provados por alguns
mal-estares. Os Srs. Roussel, Faÿ, Boucault e Thuillier foram mais ou menos
indispostos; eles estão melhor, mas ainda estão imperfeitamente restabelecidos.
Adeus,
meu caro filho, ofereça meu respeito a seus bons parentes, a seu caro doente em
particular, e acredite-me bem, com uma terna afeição,
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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