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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 515 - ao Sr. Halluin
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515 - ao Sr. Halluin

A vocação do irmão Bassery. É vantajoso para os postulantes residirem fora da obra de origem. A respeito de um livro recenseado pelo irmão de Monsenhor de Ségur.

 

Vaugirard, 15 de janeiro de 1858

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

Demorei um pouco para lhe responder, porque a questão relativa ao irmão Augustin [Bassery] pedia reflexão e não deixava de me preocupar um pouco penosamente. Não depende de mim dispensá-lo de seus votos. Nossa Comunidade, ficando submetida à jurisdição da autoridade diocesana em todo lugar onde está estabelecida, os votos do irmão Augustinpodem ser desligados  por Monsenhor o Bispo de Arras. Repugnamos muito, para você como para nós, a essa medida extrema, que será necessariamente de um efeito lamentável para seus irmãos e para a Comunidade toda inteira. Consultei nosso P. Beaussier. Seu aviso é que só se deve pedir dispensas de votos em caso de absoluta necessidade e quando todos os outros meios são impraticáveis. Pareceria-lhe, portanto, bem melhor que o irmão Augustin viesse a Nazareth terminar o ano de seus votos, se você não vir nisso perigo verdadeiro, seja para ele mesmo, seja para a obra à qual ele seria ligado. O alistamento militar, que intervirá, pode, aliás, abreviar o tempo de sua estada na Comunidade, trazendo um caso de força maior, que seríamos constrangidos a suportar. Refletindo bem nisso, entro bem nesse aviso, e, se não há obstáculo decisivo, seja nas disposições e a vontade do irmão Augustin, seja em alguma outra razão por você conhecida, acredito que precisaria que esse bom menino retomasse coragem e se resolvesse a andar conosco ainda para um pouco de tempo. Sua retirada seria tanto mais deplorável em relação aos outros irmãos, que não nos seria permitido indicar suas causas reais e que se veria nela uma mera inconstância legitimada bem facilmente, parece-me, pela dispensa dos votos. O exemplo do Sr. Polvêche entristeceu profundamente nossos irmãos, e a facilidade com a qual o Arcebispado, mal informado sobre a situação, deu a dispensa pareceu a todos um triste antecedente. Se pudermos evitar a repetição disso, será bem preferível. Eis aí, caro Senhor padre, o resultado de nosso exame nesse assunto. Veja, você mesmo, o que as circunstâncias, melhor conhecidas por você do que por nós, permitem fazer. Abandono-lhe a decisão, seguro de que você a tomará diante de Deus e pelo bem maior de todos. Todo o mundo ignora aqui esse assunto, fora os Srs. Lantiez e Myionnet. A situação do irmão Augustin seria, portanto, o que  era no passado e não teria nada de penoso nem de embaraçoso para ele.

 

Quanto a Paul Piard, sua volta não apresenta dificuldade alguma, podemos empregá-lo utilmente aqui. Lamento que ele não tenha podido dar-lhe mais auxílio. Acho que, para ele mesmo, essa mudança de lugar só lhe terá sido vantajosa. Nossos jovens postulantes sairão ganhando, penso eu, passando algum tempo fora dos lugares em que terão sido criados.

 

Ficarei grato a você, caro Senhor padre, se aproveitar essa ocasião para me devolver a cópia do regulamento. Não deixarei, eu mesmo, de transmiti-la de novo a você, logo que tivermos alguma possibilidade.

 

Escrevi ao irmão Carment, de quem não recebi notícias recentes, que o convidava, se o estado de seu pai deixasse um pouco de sossego, a voltar junto a você. Espero uma carta dele hoje.

 

Para o assunto do Sr. Lequette, faço tudo o que posso. Esse bom Senhor fez confusão sobre um ponto. Não é Monsenhor de Ségur que cuida da Obra dos Militares e que examinou seu pequeno livro, mas, sim o Sr. Anatole Ségur, Conselheiro de Estado, irmão do Prelado, e que fez várias obras para a instrução dos soldados, aos quais se dedicou com uma grande caridade. Monsenhor de Ségur cuidará, no entanto, com toda a boa vontade possível, do pedido do Sr. Lequette. Acho que seria conveniente pôr na Semaine Religieuse, folha que é publicada a cada semana e que anuncia todos os exercícios religiosos da diocese e das dioceses vizinhas, um pequeno aviso mais ou menos assim expresso: “Ficamos informados de que uma estação indicada numa cidade do interior para a próxima Quaresma, encontrando-se impedida por circunstâncias locais, um eclesiástico, missionário apostólico, que devia dar essa estação se achará assim disponível. Acreditamos que esse aviso pode interessar vivamente os Srs. Párocos ou chefes de Comunidades.”

 

Se o Sr. Lequette aprovar essa medida, peço-lhe, caro Senhor padre, para me informar. Adeus, caro Senhor padre, acredite em todos os nossos sentimentos de terna afeição, e reparta-os com os nossos caros irmãos de Arras que abraçamos, assim como a você, em Jesus e Maria.

 

                                   Le Prevost

 




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