Sempre a
questão da capela de Nazareth. Os projetos elaborados com o padre Choyer não
deram certo. Estado de saúde do Sr. Caille.
Vaugirard,
25 de janeiro de 1858
Meu
excelente amigo e filho em N.S.,
Tinha
esperado entrevê-lo ao menos um instante na sua volta de Angers, mas você deve
ter feito a viagem sem parar, com o risco de se cansar muito. Agradeço-lhe
muito, caro amigo, em nome de toda a nossa casa de Vaugirard, como o assunto de
que tratávamos a interessa particularmente, e por nossa Comunidade inteira, já
que é solidária em tudo o que toca uma de suas partes. Você pôde verificar que
sua intervenção era bem necessária nesse assunto e que importava bem pesar
nossas diligências; o resultado de seus exames nos deu novas luzes e nos
permitirá tomar uma decisão com conhecimento do assunto.
As
coisas ainda não estão tão bem definidas como você pode ter acreditado ao
deixar Angers. O Sr. padre Choyer me escreveu ontem que, tendo visto de novo
Monsenhor o Bispo, ele o tinha encontrado muito oposto à divisão do
estabelecimento e às disposições que deviam deixar o Sr. Moisseron na chefia da
casa de Angers; que, portanto, precisava voltar ao projeto de tudo transferir
para cá daqui a 17 meses, época em que o arrendamento da casa dos Carmelitas
deve expirar. Respondemos que não temos condições para receber na totalidade um
empreendimento de tamanha importância, que devemos, portanto, renunciar a todo
projeto de união, se ele se puder realizar somente nessas condições. Creio que
as coisas ficarão por aí e que o Sr. Choyer limitar-se-á a dar trabalho às
nossas pequenas oficinas. É o que pode nos acontecer de melhor atualmente, isso
fará ganhar tempo, deixando à Providência o empenho de nos indicar precisamente
suas intenções. Vou mantê-lo a par do que acontecer.
Entendi
muito bem, meu bom amigo, como esse deslocamento podia atrapalhar seus
afazeres. Além disso, cansou-o, num momento em que você tinha necessidade de
descanso antes de atividade. Mas o serviço do bom Deus tem, você sabe, muitas
labutas; felizmente, ele terá também muitas recompensas. Não deixe, meu bom
amigo, de me escrever, para me dizer se o pequeno mal-estar que sentia não
piorou e se você está bem refeito de seus cansaços. Devo velar sobre sua saúde,
que é tão útil à nossa querida Comunidade, e tão necessária sobretudo às nossas
obras de Amiens.
Assegure
nossos irmãos de minha bem terna afeição; incluo nesse número nosso bom padre
Deberly, que considero como da família e que, espero, tem os mesmos sentimentos
de seu lado.
Adeus,
meu bom amigo; todo o mundo expressa sua amizade a você e a seus irmãos.
Abraço-o em Jesus e Maria.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
Ficará
para mim contar com você para sua viagem, não vou esquecê-lo.
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