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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 520 - ao Sr. Caille
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520 - ao Sr. Caille

Zelo do Sr. Caille. O Sr. Le Prevost o modera em suas inovações. Cuidar para não indispor o Bispado. Fortificar a vida de comunidade. Projeto de enxamear em Angers.

 

Vaugirard, 8 de fevereiro de 1858

 

 

Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Fico sabendo com prazer que seus negócios o trarão em breve a Paris e nos darão a ocasião de nos ver. Vivermos todos juntos seria um consolação doce demais, devemos bendizer ao Senhor que nos proporciona ao menos alguns instantes de reunião, para nos bem entender e combinar nossos meios de servi-lo melhor.

 

Li com muito interesse os detalhes que você me sobre a adoração que  fez pela primeira vez em sua capela. Sei que é um meio bem edificante e bem capaz de agradar a almas piedosas. Não tenho certeza, no entanto, de que  lhe teria aconselhado colocar essa prática santa em sua casa, devido a seus cargos e a seu pessoal tão restrito. Vocês estão sendo ajudados agora por alguns amigos de fora, mas, mesmo supondo que persistam fielmente em dar-lhes sua colaboração, o conjunto dessa reunião e os cuidados que traz não deixam de torná-la cansativa, nos tempos, sobretudo, em que se tem sobrecargas ou alguns membros doentes na família. Agora que você começou esse piedoso exercício, que parece desejar continuá-lo, não me sinto a força de me opor, mas acho bom limitar esse assentimento ao presente ano, me reservando examinar com você, mais tarde, se tem realmente forças suficientes para responder a essa obra nova. Devo pensar que você cuidou de pedir ao Bispado a autorização que lhe era necessária, para expor o Santíssimo Sacramento à noite. Você não receia que, no Bispado, o vejam com certa inquietude começar exercícios não em uso na diocese, e isso com o concurso de eclesiásticos que venero como você, mas que a autoridade diocesana parece ter por suspeitos? Acho que você deve ser bem circunspecto sob esse aspecto; eu não estaria longe de pensar que o acolhimento feito por Monsenhor ao pedido do Sr. Deberly pode ter sido um pouco motivado pela presença e influência desses eclesiásticos em sua casa. Observo, de meu lado, que as disposições espirituais do irmão Marcaire são sensivelmente influenciadas pelas aproximações  com esses eclesiásticos; acho que, sem ter, por enquanto, medida decisiva a tomar, você deve pelo menos agir em tais circunstâncias com muita reserva e prudência.

 

Recebi uma ótima e bem afetuosa carta do Sr. Deberly. Agradeça-lhe por mim, posso dizer por nós, vou responder-lhe muito em breve. Recebi também com prazer a pequena epístola de nosso irmão Marcaire. Assegure-o, assim como ao irmão Henry [Guillot], de minha terna afeição. Não entendo, pela observação acima, censurar os sentimentos expressos na carta do irmão Marcaire e peço-lhe para não lhe dizer nada a esse respeito, esse reparo é para você unicamente e para mantê-lo em atenção vigilante.

 

Começamos alguns pequenos trabalhos para Angers; prometemos que, daqui a 18 meses, na expiração do arrendamento da casa dos Carmelitas, enviaríamos a Angers um pequeno começo de Comunidade, se os amigos do Sr. Choyer se organizassem para comprar essa casa e nos instalar nela sem encargos de aluguel. De outra forma, transferiríamos para Vaugirard a obra do Sr. Choyer e a sustentaríamos com ele, na medida de nossos meios. Esse acordo obteve o assentimento total de Monsenhor o Bispo de Angers que vai, acredito, favorecer os esforços que vão fazer para adquirir a casa dos Carmelitas. Acho que essas disposições são as melhores que possamos desejar.

 

Vamos bastante bem aqui, espiritual e corporalmente; eu mesmo atravesso o inverno, até agora, sem novidade, me deixando ir segundo a vontade de Deus e esforçando-me por me manter em indiferença sobre seus desígnios para comigo.

 

A cooperação constante do Sr. Deberly deve facilitar seus exercícios de comunidade; faça com que os regularize o mais possível, e tenha toda a certeza de que, quanto mais seus irmãos sentirem a vida comum, mais serão unidos a você e fortes para servir com você o divino Senhor ao qual nos consagramos todos.

 

Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S., acredite nos ternos sentimentos de

 

Seuu amigo e Pai

 

                                   Le Prevost

 




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