O Sr. Le
Prevost fará o impossível para ajudar a comunidade de Arras. O espírito de
oração necessário para perseverar. A cruz suportada cada dia salva as almas e
abençoa as obras.
Vaugirard,
16 de fevereiro de 1858
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Bendigo
com você ao Senhor, que preservou o irmão Joseph [Loquet], senão de todo mal,
pelo menos de um mal irreparável. O Sr. Myionnet passou dois dias em buscas nos
hospícios e mesmo alhures ainda, onde você tinha pensado que era bom ir. Essas
buscas, cujo resultado infrutuoso foi por mim conhecido somente ontem à noite,
não me permitiram responder-lhe mais cedo. Sem dizer à comunidade o motivo de
nossas penas, tínhamos, no entanto, feito iniciar uma novena a São José. Vamos
continuá-la, para que Deus digne-se iluminar-nos, no partido que teremos de
tomar sobre esse pobre jovem. Os termos um pouco demais velados de sua carta
não me deixam adivinhar qual infelicidade lhe aconteceu, qual falta o
determinou a fugir de sua casa. Penso que na sua próxima carta, melhor
esclarecido e mais seguramente informado sobre os fatos, você poderá me dar
novas informações. Seja bem assegurado, caro Senhor padre, de que faremos tudo
o que depender de nós, para aliviar suas penas e suportar seus cargos com você.
Nossos interesses não são outros que os seus, já que são unicamente os da
glória de Deus. Não recuaremos, portanto, diante de um pouco de embaraço em
nossos serviços, para ajudá-lo um pouco, se seu pessoal não puder ser-lhe
suficiente.
O
Sr. Chazaut tendo vindo passar alguns dias em Paris, aproveitamos de sua volta
para mandar-lhe 450f
que devem ser recebidos em Arras, 300f
para as crianças que protegia o irmão Georges [de Lauriston] e 150f para a pequena
Conferência. Acertaremos o preço dos sapatos no momento do retiro, se não
tivermos ocasião mais próxima.
O
irmão Augustin [Bassery] vai, acho, um pouco melhor. Ele está muito ocupado
nestes dias. O tempo passa aqui mais facilmente, mas sua piedade é fraca;
enquanto não tivermos mais sustento desse lado, não teremos sólida segurança.
Não
lhe escrevo mais longamente para não adiar o envio desta carta. Adeus, caro
Senhor padre, lembremo-nos de que, caminhando nas pegadas do Salvador, devemos
levar nossa cruz todos os dias, ela será o instrumento de nossa salvação, será
também a bênção de nossas obras.
Acredite
bem em todos os nossos sentimentos de afeição por você e por todos os vossos
caros irmãos.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S,
Le Prevost
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