O
alistamento militar. Projetos do irmão Bassery para seu serviço militar. Sem
almas “elevadas e dedicadas”, não se edifica nada de sólido nem nada de bom.
Vaugirard,
7 de março de 1858
Caro Senhor
padre e filho em N.S.,
Ficamos
sabendo com uma verdadeira tristeza do mau resultado do alistamento militar
para vários de seus moços, em particular para o pobre Jean-Baptiste e o irmão
Augustin [Bassery]. Sobrará, talvez, certa chance na revisão. O irmão Augustin
se queixa sempre de sua saúde com a qual tem, acho, uma preocupação excessiva.
No entanto, um médico experimentado, ao qual o enviamos, não achou vício
de saúde bastante notável, para pensar que seja isento na revisão. Esse
aviso trouxe o irmão Augustin à idéia que tivera de início, de se adiantar e de
se engajar antes da revisão. Acha ele que, escolhendo, por esse meio, sua arma,
entraria na engenharia e ali seria empregado como marceneiro, iria, em primeiro
lugar, a Montpellier, momentaneamente, e seria em seguida trazido de volta para
Arras por três anos. Esse plano lhe agrada tanto mais que o mesmo médico
declarou que a idéia de consagrar-se ao ensino era a pior que pudesse ter, que
um regime tônico com um trabalho manual moderado era, absolutamente, o que lhe
convinha melhor. Ele teme somente que sua mãe, esperando talvez sem razão que
seja reformado, se oponha a suas vistas. Se acreditar, caro Senhor padre, que
seria conveniente secundar os pensamentos do irmão Augustin, pediria-lhe para
no-lo dizer em breve, a revisão não devendo tardar muito. O obstáculo de seus
votos seria levado sem escândalo e também sem dificuldade neste momento, a
revisão podendo, de um lado, servir de pretexto à sua volta a Arras, e, de outro
lado, nosso P. Beaussier tendo presentemente, por causa do jubileu, poderes
para desligá-lo de seus votos. Você julgará qual partido dever-se-á tomar,
agiremos segundo sua resposta.
Mando-lhe,
em anexo, duas cartas: uma do irmão Augustin, que a tinha escrito antes de me
ter feito as aberturas de que acabo de lhe falar; a outra é de Jules; ele
deseja muito voltar para Arras depois do tempo de retiro ou tomar um
outro partido. Concordaremos que ele vá a Arras, se você achar que possa
lhe ser útil, mas não pensamos que ele tenha as disposições necessárias para
consagrar-se ao serviço de Deus. O Sr. Lantiez se queixa de seu amor próprio
excessivo e de um certo mau espírito, que lhe causa dificuldades e torna-se
para Ferdinand, aliás mais simples, um incômodo. Esperemos que o Senhor
nos dê almas um pouco elevadas e dedicadas. Não saberíamos, sem isso, edificar
nada de sólido e de bom. Todos aqui lhe oferecem seus respeitos e afeições.
Acredite bem igualmente, caro Senhor padre, em todos os meus sentimentos em
Jesus e Maria.
Le Prevost
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