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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 534 - ao Sr. Caille
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534 - ao Sr. Caille

Anúncio do retiro de Comunidade. Notícias das obras. A colaboração com o padre Choyer reduzida a proporções razoáveis. O Sr. Le Prevost consulta o Sr. Caille sobre as vantagens da união com a obra de Arras.

 

Vaugirard,  11 de abril de 1858

 

Meu excelente amigo e filho em  N.S.,

 

Esperava sempre, seja sua visita, seja uma carta sua; mas nem uma nem a outra vindo, escrevo-lhe duas palavras, para dar-lhe notícias nossas e anunciar-lhe o momento de nosso retiro, que se realizará, definitivamente, no fim do mês. Iniciar-se-á no domingo à noite, dia 25 de abril, e encerrar-se-á na sexta-feira cedo, dia 30. Será dado pelo R. P. Renaud, jesuíta, antigo Provincial, homem de alta experiência, santo e de grande instrução. Você verá, meu bom amigo, se algum de seus irmãos pode vir. É uma boa ocasião para revigorar-se espiritualmente e tomar um pouco de calma, afastando-se momentaneamente de suas ocupações costumeiras.

 

Espero que tudo bem em sua querida casa da rua de Noyon e que seu retiro do patronato terá dado bons resultados. Em Nazareth, em Grenelle e em Saint-Charles, nossos irmãos tiveram grande satisfação e frutos bem felizes. Vamos bem igualmente em Vaugirard. Muitas de nossas crianças têm gripes, dores de garganta, febres de diversos tipos; resulta disso um pouco de cansaço para vários irmãos. Nossas pequenas oficinas têm um andamento bastante feliz bem também. O negócio de Angers se reduziu sucessivamente a proporções que o tornarão acessível para nós e, espero, sem riscos inquietantes. O bom Deus, como sempre, vigiou sobre nossos interesses, para nos impedir de empreender coisas acima de nossas forças. Como é bom estar em suas mãos e não querer, sinceramente, senão o que Ele quer! Sua sabedoria, então, dirige tudo e sua potência e sua bondade vêm em ajuda à nossa fraqueza e à nossa incapacidade. Portanto, permaneçamos sempre, meu bom amigo, em perfeita atitude de abandono e de dependência em relação à sua graça e à sua adorável vontade.

 

Receberei com alegria notícias de nossos irmãos, do irmão Henry [Guillot], em particular, de quem não ouço falar muito há muito tempo. O irmão Jules [Marcaire] me escreveu em último lugar e o Sr. Deberly também me deu alguns sinais de lembrança. Acho que esse bom padre virá ao retiro, teremos grande prazer em recebê-lo. E você, caro amigo, será que não o veremos, de um modo ou de outro, com um pouco de tranqüilidade? Há muito tempo essa satisfação não me é dada.

 

Passei o inverno sem problema, com a condição de ficar sempre em casa; a vida sedentária me enfraqueceu um pouco, mas o sol vai me devolver minhas forças. Todos os nossos irmãos o asseguram, assim como a sua casa, da seu terna afeição; junto também a minha e, de todo o coração, sou, em Jesus e Maria,

 

Seu devotado amigo e Pai

 

                                   Le Prevost

 

P.S. Há algum tempo, algumas pequenas dúvidas me vieram sobre as vantagens, para o Sr. Halluin e para nós, de sua união com a Comunidade. Sua casa requer muita ajuda, e só podemos assisti-lo fracamente. Só podemos, da nossa parte, esperar encargos dessa associação. Esse último pensamento não é o que me preocupa, sobretudo, mas, sim, a visão da insuficiência de nosso pessoal para amparar convenientemente essa obra difícil e que, neste momento, recai quase inteira sobre o Sr. Halluin. O Sr. Carment não tem êxito muito bom nela, por causa de seu caráter violento: vamos ser obrigados provavelmente a mudá-lo depois do retiro. Não o substituiremos sem pena, sem sacrifício para alguma outra de nossas obras e ainda apenas chegaremos a um resultado bem imperfeito, porque precisaria em Arras de homens, ou, pelo menos, de um homem dotado de raras qualidades: calmo, firme, de uma dedicação sem limites, capaz de se impor a 80 jovens operários quase homens, que o governo paterno ou, antes, materno do Sr. Halluin torna muito difíceis a conduzir por outros que não ele. O próprio Sr. Halluin diz: “Amo minhas crianças como uma mãe, teria necessidade de alguém que pudesse as conduzir e vigiar como um pai”. Penso, e os de nossos irmãos que viram as coisas de perto pensam também, que a posição desse pai é bem delicada e bem difícil. O Sr. Halluin pensou um pouco, acho, no Sr. Guillot; duvido que ele tivesse o sangue-frio e a calma necessária para uma tal tarefa. Falo-lhe de tudo isso confidencialmente, diga-me seu parecer.

 

 




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