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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 538 - ao Sr. Halluin
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538 - ao Sr. Halluin

Práticas de piedade em Vaugirard e em Nazareth. Visita do cardeal Morlot em Nazareth. Os obstáculos à perseverança na vida religiosa. O irmão Bassery debaixo das bandeiras. Graças do tempo de Pentecostes.

 

Vaugirard, 18 de maio de 1858

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

É amanhã [20 de maio] que deve realizar-se aqui a primeira comunhão de nossas crianças. Resulta para nós um pouco de incômodo e de sobrecarga, é o que me impediu de escrever-lhe mais cedo.

Você , caro Senhor padre, pela data desta carta, que não pude continuá-la no dia em que a comecei. Embora meus bons e dedicados irmãos façam aqui as coisas bem mais do que eu, basta para mim vigiar-lhes o movimento para ficar envolvido. Hoje, só temos de dar graças ao Senhor. Nossas crianças, bem dispostas e após um retiro excelente, fizeram todas, esperamos, sua primeira comunhão de maneira a sempre guardar a lembrança. No começo de junho, teremos a Confirmação. Esperamos que Sua Eminência o Cardeal virá dá-la; ele nos mostra até agora muita benevolência. No dia da Ascensão, foi a Nazareth, onde sua presença foi para todos uma grande felicidade. Os aprendizes, jovens operários e apoios diversos da obra enchiam a capela. Houve entre 5 e 600 comunhões. O bom Arcebispo estava encantado. Acho que nunca mais se cogitará em nos pedir novamente a capela.

 

Espero que, de seu lado, caro Senhor padre, você tenha alguma satisfação e que suas crianças andem segundo seus votos. Seu pessoal não é numeroso para sustentar uma tão grande casa, mas se os irmãos o secundarem da melhor forma possível, como espero, você poderá seguir assim por um tempo, esperando que o Senhor aumente nossos meios e nos torne mais fortes. Entrou para nós, na terça-feira passada, um novo irmão [Desouches] que fez estudos e que tem o costume do ensino, mas o conhecemos pouco e ainda não posso augurar muito se  nos convirá, embora as aparências sejam favoráveis.

 

Os outros irmãos vão bem. Não devemos, caro Senhor padre, nos entristecer demais por algumas falhas entre esses bons jovens. O espírito de nosso século é tão pouco firme em , tão pouco generoso em sacrifício, que é preciso esperarmos andar devagar, no caminho da abnegação e de inteira dedicação em que o Senhor nos colocou. Mas, igualmente, os que se derem francamente às nossas obras, só tendo Deus em vista e a salvação das almas, serão corações de elite, verdadeiros operários no campo do Pai de família.

 

Recebi uma carta do irmão Augustin [Bassery], que lamenta muito sobre os perigos e as misérias de sua condição. Acho, no entanto, que, se puder ficar um pouco firme e assentar-se francamente como cristão, pode ganhar muito em vigor e em firmeza, pontos pelos quais ele deixava demais a desejar. Pede-me um pouco de dinheiro, vou enviar-lhe pouco de cada vez porque sei como, em sua condição, o dinheiro é uma terrível tentação.

 

O irmão Cousin vai bastante bem, sua boa vontade e sua piedade sincera não parecem deixar nada a desejar. Não é bem despachado, nem bem hábil, o círculo de sua ação é, conseqüentemente, bastante restrito. Espero, no entanto, que, com um pouco de tempo, tomará uma posição e tornar-se-á útil para nós.

 

Preparamo-nos da melhor forma possível para a festa de Pentecostes, esperando que o Espírito divino se dignará renovar nossas almas, insuflar nelas uma mais ardente, uma caridade mais viva, uma coragem mais firme e mais constante. Possa Ele derramar esses dons sobre toda a nossa pequena família e fazer sobretudo uma parte bem abundante a toda a nossa querida casa de Arras.

 

Sou, caríssimo Senhor padre, na divina caridade dos Corações sagrados de Jesus e de Maria

Seu devotado amigo e Pai

 

                                   Le Prevost

 

Nossos irmãos lhe oferecem sua respeitosa afeição, Ferdinand seu filial apego.




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