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consoladoras das obras. O Cardeal Morlot em Nazareth para a Ascensão. O
trabalho das oficinas dirigidas pelo padre Choyer vai rápido, mas o Sr. Le
Prevost não vê nitidamente suas saídas. Exortação ao entendimento fraterno. O
irmão Carment sempre à cabeceira de seu pai.
Vaugirard,
24 de maio de 1858
Meu
excelente amigo e filho em N.S.,
O
Sr. padre Choyer indo a Amiens para tratar, se for o caso, de um trabalho de
arte religiosa, sobre sua igreja São Tiago, irá sem dúvida fazer-lhe uma
pequena visita. Entrego-lhe, portanto, estas poucas palavras, que lhe levarão
notícias nossas. Só temos que bendizer ao Senhor, tudo vai em condições
bastante boas aqui e nas obras que nos são confiadas. A primeira comunhão de
nossas crianças de Vaugirard realizou-se na quinta-feira passada de uma maneira
muito edificante. Tínhamos 50 crianças, seja a renovar a comunhão, seja a
comungar pela primeira vez. No começo de junho, teremos a confirmação.
Esperamos que Sua Eminência o Cardeal venha dá-la. Esse bom arcebispo teve a
condescendência de vir a Nazareth oficiar no dia da Ascensão. A solenidade foi
verdadeiramente comovedora; cinco ou seiscentos aprendizes ou jovens operários
e Confrades de São Vicente de Paulo comungaram pela mão de Monsenhor, que
parecia muito feliz ao ver semelhante ardor e frutos tão felizes das obras de
sua diocese. Visitou os idosos em seu quarto, viu os fornos, a biblioteca, e
encantou a todo o mundo por suas palavras piedosas e paternas; falou três ou
quatro vezes na capela e administrou a confirmação a algumas crianças e jovens.
Nossas
pequenas oficinas vão bastante bem aqui, sem que possamos ainda dizer bem
nitidamente que futuro lhes está reservado. O trabalho está estabelecido em
boas condições, mas ainda não vejo com bastante precisão os meios de saída; é
um ponto dos mais essenciais.
Espero
que as santas solenidades da Ascensão e de Pentecostes tenham sido bem
realizadas em sua casa; ficarei sabendo com alegria os pormenores que você me
der a esse respeito. Desejo muito também que você me diga se tudo vai bem com o
Sr. Deberly, e se nossos irmãos Jules [Marcaire] e Henry [Guillot] combinam bem
com você e entre si todos os seus meios de ação. Procuremos nos entender bem e,
embora em pequeno número, ainda poderemos fazer obras agradáveis a Deus.
Serei bem feliz se nossos irmãos Jules e Henry me escreverem algumas palavras,
para me dizer se sua viagem a Vaugirard lhe fez algum bem e se acham que
tiraram disso alguma melhora para o bom entendimento nos seus trabalhos.
Nosso
irmão Carment ainda está, mais uma vez, em Amiens para a saúde de seu pai.
Essas viagens tão reiteradas nos entristecem um pouco, mas, pareceu-nos que não
havia muita possibilidade de evitá-las; ele quase não deixa a cama de seu pai,
que está em estado grave.
Adeus,
meu bom amigo, desejo vivamente que o Senhor abençoe a você e à sua casa;
todos, aqui, lhe pedimos por você em toda circunstância, por ocasião do mês de
Maria em particular.
Abraço-o
bem afetuosamente, assim como a nossos irmãos. Respeitos aos Srs. Mangot e
Deberly.
Seu
amigo e Pai bem devotado em Jesus e Maria
Le Prevost
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