O Sr
Halluin é único juiz da melhor decisão a tomar, sobre o irmão Loquet.
Vaugirard,
31 de julho de 1858
Vejo,
pela carta que recebo hoje, que você não tinha recebido, no momento em que a
escrevia, a carta que eu lhe dirigi no dia 29 ou 30 deste mês, e que se cruzou
com a sua. Acho que as medidas indicadas em minha carta respondem bem a suas
vistas e poderão dar-lhe alívio. Tratarei, portanto, da execução, desde que
tiver recebido sua resposta, assim como falamos.
Quanto
ao irmão Joseph [Loquet], meu pensamento é sempre o que lhe exprimi. Se tivesse
havido razão para esperar que em Vaugirard ele teria sabido manter-se no
caminho certo e resguardado de desvios deploráveis, eu não teria recusado fazer
mais uma nova experiência ainda, fazendo-lhe terminar, e aqui, o tempo de seus
votos. Mas, pode-se temer, por pouco que seja, que ele não seja mais ajuizado
do que pelo passado, não podemos nos expor a fracassos que seriam aqui de um
efeito desastroso. Somente você, caro Senhor padre, que conhece esse pobre moço
e o acompanhou há muito tempo, pode julgar retamente o que se poderia esperar
dele. Os termos um pouco velados pela caridade, que você usou em sua carta, não
me permitiram muito julgar a gravidade de sua última falta. Ele deixou por si
mesmo a casa, por que razão exata? Seu estado de ebriedade foi completo e
escandaloso para as crianças ou para fora? Onde e como conseguira
dinheiro? Essas informações seriam úteis para bem apreciar o caso. De resto, é
o valor moral do sujeito que se trata, sobretudo, de apreciar para uma solução
sobre seu futuro, e, repito, somente você, caro Senhor padre, pode apreciar
isso. Em caso de dúvida, valeria muito mais que ele fosse à casa do Sr. Cotte,
na Compaixão, do que à nossa casa, a natureza dessa obra permitindo maior
latitude para a escolha dos sujeitos do que nos é permitido ter entre nós.
Esperarei também sobre esse ponto algumas palavras de resposta de sua parte,
antes de nada julgar de antemão.
Tudo
vai bastante bem aqui, todo o mundo está com você em sincera união de coração e
reza bem constantemente por você e pelos que o rodeiam.
Adeus,
caro Senhor padre, abraço a você e a nossos irmãos bem cordialmente.
Seu amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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