O irmão
Loquet em Vaugirard.
Ele reconhece-se culpado. Preparação da festa das Férias.
Vaugirard,
3 de agosto de 1858
Caro Senhor padre e filho em N.S.,
Esta manhã, duas horas após a saída do irmão Alphonse [Vasseur], o irmão Joseph
[Loquet] chegava em Vaugirard, pedindo perdão por sua falta e prometendo agir
melhor no futuro. Eu estava bastante embaraçado para tomar uma decisão a
respeito dele, pois você não me tinha respondido nada sobre as perguntas que
lhe fizera sobre sua última escapada. Assegurou-me que não tinha, de jeito
nenhum, o defeito de beber exageradamente, que era por falta de cuidado que o
tinha feito ultimamente, que nunca bebia em Arras fora de casa, que, enfim, não
tinha, em ocasião alguma, nem mesmo nesse último caso, usado dinheiro que
se-lhe confiava para beber ou para coisa alguma em benefício próprio.Ser-lhe-ei
bem grato, caro Senhor padre, por dizer-me o que pensa dessas asserções e que
confiança você acredita que eu possa conceder a esse pobre moço, que recebi
provisoriamente aqui, reservando-me conferir sobre isso com você. Ele me
protesta que não cessou de almejar continuar no serviço de Deus, que não
pensava em outros caminhos, senão em último recurso e que, se o agüentarmos
entre nós, ele mostrar-se-á ajuizado, submisso e dedicado. Peço-lhe de novo
para me dizer seu parecer esclarecido sobre tudo isso e sobre a confiança a
depositar na sua firmeza e sua persistência em suas boas resoluções.
O irmão Alphonse está agora junto de você; tenho a confiança de que vai
entender-se com você perfeitamente. Como o encarregará, sem dúvida, de
substitui-lo quando não estiver em casa, podia recear um pouco de ciúme do
irmão Thuillier, porque se conheceram quando eram quase crianças e não se
perderam de vista. Mas acho que nosso irmão Thuillier está agora bastante firme
em razão, e em fé sobretudo, para bem tomar tudo o que você tiver resolvido.
Estamos aqui em preparativos para nossa distribuição, que se realiza no dia 11,
e mais ainda para a festa das Férias, enorme perturbação para nós, fixada para
o dia 29 deste mês.
Tenho boa confiança de que você vai se reencontrar um pouco em paz. Você poderá,
um pouco mais tarde, ter algum descanso perto de nós e refazer suas forças.
Adeus, caro Senhor padre, mil afeições respeitosas de todos.
Seu amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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