O Sr. Le
Prevost deseja muito o bom andamento da Obra de Arras. O irmão Vasseur deveria
levar ao Sr. Halluin uma ajuda dedicada e inteligente. Caso do irmão Loquet. O
Sr. Le Prevost quer acreditar em sua boa vontade.
Vaugirard,
8 de agosto de 1858
Caro Senhor padre e filho em N.S.,
Espero que tudo vá, em sua pequena comunidade, tão bem quanto possível, levando
em conta seus encargos e a insuficiência de seu pessoal. O irmão Alphonse
[Vasseur] está na sincera disposição de ajudá-lo, da melhor maneira que puder.
É da natureza dele assumir as coisas e não fazê-las pela metade. Tem ordem,
exatidão, uma piedade sincera, muita abertura. Tudo me deixa, portanto, pensar
que você terá um apoio dedicado e inteligente, sobre o qual poderá
descansar.
Vamos aqui mais ou menos, bem ocupados ao mesmo tempo pela nossa distribuição e
pela nossa festa das Férias. Todo o mundo está, aliás, em bastante boa
disposição.
O irmão Joseph [Loquet] parece feliz por não ter sido rejeitado para o mundo.
Protestou que, na última circunstância, não tinha feito abuso
nenhum do dinheiro reunido para a festa dos jovens marceneiros; que a exaltação
de sua cabeça vinha unicamente do fato que, esquentado pelo fogo da cozinha,
onde tinha trabalhado ativamente, bebera cerveja bastante forte, sem precaução
e vorazmente demais.
Ele recebeu mesmo os 25f
que você mandou para sua viagem, mas foram usados para trazê-lo a Paris, assim
como 8f
provindos do relógio que vendeu por esse preço ao deixar Arras, inquieto como
estava sobre o futuro que lhe estava reservado. Restavam-lhe apenas 40
centavos. É verdade que ele só pôde pegar, do monte dos Cats até Douai, um trem
de segunda classe e que foi obrigado, na chegada, a pousar num albergue em
Vaugirard, tendo chegado tarde demais para apresentar-se à casa antes da hora
do deitar. Não me pareceu que tivesse havido em tudo isso falta alguma de
sinceridade. Vamos experimentar a boa vontade que ele demonstra neste momento,
esperando que o Senhor digne-se apoiar sua fraqueza. Ele lhe escreverá logo. O
irmão Cousin vai sempre bem de coração, mas, de saúde não é muito forte: pouca
coisa o cansa. Ferdinand se mantém, sem estar bem firme.
Acho que você não podia muito evitar separar-se momentaneamente das damas do
Santo Sacramento. Mas pode ser que isso seja somente um afastamento temporário.
O bom Deus virá talvez em nosso auxílio mais tarde e nos permitirá socorrê-lo
um pouco mais eficazmente.
Adeus, caríssimo Senhor padre, todos o asseguramos de nosso terno devotamento
em N.S.
Seu afeiçoado amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
|