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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 566 - ao Sr. Caille
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566 - ao Sr. Caille

Necessidade dos exercícios de comunidade para o amparo e a perseverança dos irmãos, como para sua ação nas obras. Observações sobre o futuro Congresso de Angers.

                                                                                                     Duclair, 26 de agosto de 1858

         Caríssimo amigo e filho em N.S.,

         Estou, há alguns dias, na casa de minha irmã, para descansar um pouco meu peito, que estava mais cansado do que de costume há algum tempo. Volto amanhã, sábado, a Vaugirard para nossa festa das Férias, que se realizará no domingo, se a temperatura não colocar impedimento.

         Não sei se você me escreveu durante minha ausência, não me foi enviada carta sua. Ficarei bem feliz em receber notícias suas, já que não recebi há algum tempo. Como vai o Sr. Deberly? Mediocremente, se devo acreditar nos últimos detalhes que me tinham sido trazidos por nosso bom padre Lantiez. Parece-me que seria bem desejável, se o Sr. Deberly for continuar ocupando-se do patronato, que ficasse totalmente na sua família, para sua residência e sua comida. Ele teria mais independência e, do seu lado, você estaria com ele numa posição mais simples e melhor definida.

         Lembrei-me de que nossos irmãos, o irmão Marcaire em particular, sofrem mais do que de costume com a falta de regularidade, e muitas vezes até, com a falta dos exercícios de comunidade. Procure, meu bom amigo, prover a isso; as ocupações são bem numerosas e a vida bem severa em nossa casa de Amiens, os irmãos terão dificuldade para suportá-la, se não tiverem um pouco de apoio e de consolação em seus exercícios comuns. Você observa com razão que é realmente perfeito saber passar, muitas vezes, sem exercícios, quando as obras mandam e tornam esses exercícios difíceis ou impossíveis. Penso como você, mas é preciso nos acomodarmos  à fraqueza dos que estão conosco e andar segundo seu compassoenquanto não estão bastante fortes para irem mais firmemente. Veja, portanto, meu bom amigo, o que se deve fazer nesse ponto. Você não irá muito para frente se seus irmãos estiverem tristes, desanimados, sem atrativo nenhum para seu tipo de vida. Ao contrário, dobrará suas forças, se proporcionar suas obrigações às suas disposições; talvez um pouco de ajuda e de alívio, que lhes permitiria fazer alguns exercícios comuns e encontrar-se juntos, seria bem útil. Não temos, neste momento, acho, ajuda que lhe possamos dar de Vaugirard, mas a seu redor talvez você tivesse um pouco de socorro no Sr. Florentin ou algum outro; você verá o que a situação poderia pedir.

         O Sr. Maignen deseja ir, na segunda ou terça-feira, ao pequeno Congresso dos Chefes de Patronato, que deve realizar-se em Angers. Vejo-o ir para lá com uma medíocre satisfação. Fazem-se, em todas essas reuniões, muitas vezes, mais discursos do que um bem verdadeiro para as obras. Aliás, falta ao irmão Maignen, no meio de qualidades muito felizes de que está dotado, uma certa nitidez e firmeza de espírito, que o tornariam próprio para julgar precisamente as coisas e para dar, se precisar, um parecer medido nas questões que serão discutidas. Teria visto com prazer que você fosse, de seu lado, a essa reunião. Sua presença o teria amparado, e em dois poderiam ter julgado melhor as coisas, mas, sem dúvida, você não está livre, seus negócios o retêm e, em sua ausência, seus irmãoscarregados o estariam mais ainda. Deixo, portanto, ao bom Mestre o cuidado de tirar da viagem do irmão Maignen tais resultados que sua sabedoria quiser fazer sair.

         Desejo muito ir visitá-lo antes do fim da estação. No entanto, não ando muito bem e estou pouco próprio para viagens atualmente. Em todo o caso, nosso irmão Lantiez irá, no decorrer de setembro sem dúvida, a Arras. Poderá parar um ou dois dias com você. As coisas vão bastante bem em Arras; o irmão Alphonse [Vasseur] se sai bastante bem ali; o Sr. Daviron, que era um obstáculo sério ao movimento da comunidade, deixou definitivamente a casa.

         Nada de novo,  que eu saiba, em Vaugirard e em Paris.

         Adeus, meu excelente amigo, vamos em confiança e perseverança. O caminho é rude, mas conduz a Deus, e muitos, podemos esperá-lo, nos seguirão nele para chegarem até Ele, felicidade de nossas almas e fim último de todos os nossos votos. Abraço-o afetuosamente assim como aos nossos irmãos.

         Seu amigo e Pai em Jesus e Maria

                                   Le Prevost




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