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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 570 - à Sra. Condessa de Grandville
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570 - à Sra. Condessa de Grandville

A idéia que presidiu ao nascimento do Instituto: firmar e estabilizar as Obras de caridade. Papel complementar dos irmãos e dos padresprestarem-se um apoio recíproco, em cordial colaboração.

 

Vaugirard, 16 de setembro de 1858

 

Senhora Condessa,

 

Tenho a honra de mandar-lhe uma pequena nota que contém, sumariamente, as indicações que lhe foram pedidas a respeito de nossa Comunidade. Está escrita muito mal, tendo sido copiada por uma de nossas crianças, mas o bom padre que deseja essas informações será indulgente, espero, e, bondosamente, vai querer desculpar a inexperiência do pequeno secretário. Se essa nota não fosse suficiente, eu estaria muito solícito, Senhora Condessa, em dar-lhe os esclarecimentos que se poderia desejar. Não escondemos nada de nossos negócios, porque são perfeitamente simples e não exigem nenhum mistério. Colocamo-nos, desde o princípio, sob os olhos e sob a proteção da autoridade superior eclesiástica. Dom Affre, de venerável memória, nos havia muito amparado e encorajado. Ele tinha, até, desejado que habitássemos em uma parte do Convento dos Carmelitas, que não estava então ocupado pelos Dominicanos. Dom Sibour não nos tinha sido menos favorável e tinha-se comprometido formalmente em dar-nos todos os sujeitos eclesiásticos que tivessem a vocação para unirem-se a nós. Enfim, Sua Eminência o Cardeal Morlot veio nos visitar várias vezes, tomou conhecimento de nosso regulamento e nos deu as marcas de uma benevolência particular. Monsenhor o Bispo de Angers, que nos dirigiu por seus conselhos desde a nossa origem, que preparou conosco nosso regulamento, digna-se olhar-nos e tratar-nos como seus filhos.

 

Referimos somente a Deus todas essas marcas de indulgência e de bondade, e de jeito nenhum aos nossos méritos que, seguramente, são bem poucos. Mas as atribuímos também à necessidade, tão generosamente sentida, de criar apoios e agentes dedicados para as obras. Aprouve ao Senhor que elas se tornassem, hoje em dia, um grande meio de salvação, que servissem para religar o povo à e estimulassem o zelo e a dedicação das almas generosas. Mas a todas essas obras faltam, em geralfirmeza e consistência, por falta de alguns elementos de unidade e de estabilidade.

 

Temos pensado que somente uma corporação religiosa poderia trazer-lhes esse apoio, e tentamos concorrer para isso da nossa parte. O Senhor dignou-se abençoar nossos esforços, superamos todas as dificuldades de uma fundação e estamos vendo com alegria os caminhos abrirem-se de dia para dia diante de nós.

 

Por um favor do qual sentimos constantemente o valor, o Senhor uniu entre nós, na mais cordial cooperação, os irmãos eclesiásticos e os irmãos leigos, que se prestam à porfia um apoio recíproco, uns preparando e sustentando as obras, os outros dando-lhes a força espiritual e a consumação. A Comunidade, até agora, tem somente seis padres, mas um certo número, já unidos a nós de coração, estão terminando seus estudos eclesiásticos e se preparam para juntar-se à pequena família de nossos irmãos.

 

            O desapego sempre foi na essência de nossa obra. Portanto, nada fixamos com precisão para as condições temporais da admissão entre nós. Entregamos, em geral, a decisão à delicadeza dos que podem trazer algum apoio à comunidade e não excluímos aqueles que, não tendo bens, têm as qualidades essenciais de piedade, de capacidade e de dedicação.

 

            Desejo vivamente, Senhora Condessa, que esses poucos detalhes satisfaçam o bom eclesiástico que os pediu a você. Já temos três entre nós [Srs. Hello, de Lauriston e Gallais] que vieram da Bretanha, e suas boas qualidadespodem nos fazer desejar ter muitos outros sujeitos de sua excelente região.

            Sou, com um profundo respeito,

 

Senhora Condessa,

 

Seu humilde e todo devotado servo em Jesus e Maria

 

                                   Le Prevost

 

P.S. A missa que nossa Comunidade consagra cada mês à reparação para com o Santíssimo Sacramento se diz na 2a quinta-feira, e não na 2a quarta-feira, como o tinha indicado erradamente, nossa adoração noturna realizando-se da quarta-feira à noite até a quinta-feira cedo, a  cada mês.

 

 




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