Precauções a tomar nas trocas entre irmãos de
casas diferentes. O Santíssimo Sacramento nas casas do Instituto.
Vaugirard,
16 de fevereiro de 1859
Meu
excelente amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe
o envio da carta do Sr. padre Gragnet. Eu esperava, para responder-lhe, que
algum sinal me fosse dado. O jovem de que se trata veio pessoalmente nos
visitar, ficamos contentes com ele. Está combinado que, daqui alguns dias, no
começo de março ao mais tardar, virá fazer sua experiência entre nós. Acontece
que o Sr. Gragnet é um antigo condiscípulo e amigo de nosso bom padre Lantiez,
ao qual escreveu para lhe recomendar o jovem. Acontece também que o recebedor
onde trabalha o Sr. Augustin [Déage] (não me lembro de seu sobrenome) é um
antigo membro de nossas Conferências, muito ligado conosco, excelente homem e
perfeito cristão. Acho, portanto, que tudo isso pode ser um indício
providencial e que as coisas vão dar certo.
Não
tenho objeção alguma a fazer sobre o pagamento em Amiens da importância de 416f 25, valor da peça de pano
que você nos mandou. Eu lhe tinha pedido para fazer pagar aqui a importância
para poupar-lhe todo cuidado e todo adiantamento a esse respeito, mas, sendo
que as coisas se organizaram de outra maneira, me limitarei a fazer-lhe passar
a importância logo que acharmos a ocasião. O pano me parece bom, começa-se a
cortá-lo.
Aprovo,
em princípio, a idéia que você tem de mandar algumas vezes os irmãos Jules
[Marcaire] e Henry [Guillot] a Arras e de atrair, em retorno, alguns irmãos de
Arras a visitá-lo. Acho, todavia, que deverá fazê-lo com precaução: um irmão
mal disposto poderia levar seus descontentamentos de uma casa para a outra; não
penso que nada de semelhante esteja a temer da parte dos irmãos Jules e Henry,
mas faço a observação em geral.
Vamos
bem aqui, nossos irmãos de Notre Dame de Grâce em Grenelle estão instalados e
em melhores condições para suas obras, acho que vão funcionar. Obtiveram, logo
na chegada, o Santíssimo Sacramento. É um precioso favor que o Senhor não
recusou, até agora, a nenhuma de nossas casas. Considero-as como constituídas,
quando essa graça insigne lhes é concedida. Vão também bastante bem em Arras,
apesar da insuficiência do pessoal. Nosso novo irmão, o Sr. padre Leleu, se
assenta bem entre nós, é um socorro enviado por Deus; está com o irmão
Tourniquet no patronato de Saint Charles.
Nossas
oficinas sempre se organizam, as dos bronzes vão indo bem, mas são bastante
pesadas a sustentar; ficamos observando, para nos comprometermos somente dentro
de um limite prudente.
Adeus,
meu bom amigo, ficarei sabendo com prazer que você continua vivendo em bom e
cordial entendimento; peço a Deus para espalhar sobre vocês todos e sobre suas
obras suas mais preciosas bênçãos.
Seu
amigo e Pai em Jesus e Maria,
Le Prevost
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