Agradecimentos
ao vigário do Cura d’Ars pela entrevista obtida por seu intermédio. Recordação
discreta do compromisso tomado pelo santo Cura de fazer com eles uma novena ao
Santo Espírito.
Vaugirard,
19 de maio de 1859
Senhor
padre,
Tivemos
a honra de nos apresentar em sua casa antes de deixar Ars, para exprimir-lhe
nosso respeito e nossa gratidão. Você ainda não estava de volta nesse momento.
Senti a necessidade de escrever-lhe estas duas palavras, para dizer-lhe o
quanto fomos tocados pelo amável e paterno acolhimento do santo Cura, pela
simplicidade de sua palavra, e pelos sinais visíveis da ação de Deus nele e por
ele. As coisas humanas se fazem de outra forma. Queria também lhe dizer, Senhor
padre, o quanto seu intermédio nos foi precioso, e como sentimos tudo o
que tinha de caridoso e de benevolente. Vamos seguir, ponto por ponto, os
conselhos do bom Cura; ele nos aconselhou uma novena ao Santo Espírito, e nos
prometeu unir-se a nós. Vamos começá-la depois de amanhã, sábado dia 21;
ficaríamos muito agradecidos se você também tivesse a bondade de nos
conceder o socorro de suas orações. Penso que é supérfluo lembrar sua promessa
ao Sr. Cura, que, sem dúvida coloca tudo e confia todas as suas intenções no
Coração do divino Senhor. Limitamo-nos, portanto, a entregar esse cuidado
à sua caridade, para que você aja conforme lhe parecer útil fazer. Sabemos
demais as mil ocupações do venerado pastor para querer aumentá-las sem absoluta
necessidade.
Queira nos contar entre os admiradores devotados da
santa obra que se faz constantemente em Ars, e aceite, Senhor padre, os
sentimentos respeitosos com os quais sou
Seu
humilde e obediente servo em Jesus e Maria
Le Prevost
dos irmãos de São Vicente de Paulo
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