Apesar do
pessoal reduzido de que dispõe, o Sr. Le Prevost procura como ajudar as Obras
de Saint Charles e os Jovens Operários de Nazareth.
Vaugirard,
20 de maio de 1859
Meu
excelente amigo,
O Sr.
Baudon, que teve a extrema bondade de nos visitar domingo, em Vaugirard, lhe
terá dito, sem dúvida, que, com muito pesar, não podíamos contar com a
colaboração do padre Leleu que, após tentativa prolongada, não se acha chamado
para as obras de caridade, ou, antes, para a vida de comunidade, para a
qual não se sente disposto.
Procuramos
muito, nestes últimos dias, se teríamos algumas combinações para assegurar os
auxílios espirituais às poucas obras em que colaboramos, notadamente Saint
Charles e a obra dos jovens operários de Nazareth, que o Sr. Baudon nos
recomenda com uma viva insistência. Somos tão pouco fortes e tão pouco
numerosos que não vemos, em nossos recursos, nenhum meio bem satisfatório;
qualquer que seja a combinação que fizermos, em conjunto com você e com
nossos Confrades das casas de patronato, sempre deixaremos muitos pontos em má
situação e só remediaremos a metade das necessidades.
Pensávamos,
finalmente, em propor-lhe confiar ao Sr. Roussel o espiritual dos jovens
operários de Nazareth e o de Saint Charles, essas duas funções podendo se
conciliar mais ou menos convenientemente, deixando ainda um pouco de liberdade
durante a semana para dar, temporariamente, alguma assistência ao temporal da
fundação de Grenelle. Tomaríamos parte de nossos recursos de Vaugirard para
assistir Grenelle, isto é, o Sr. Lantiez ou o Sr. Faÿ iriam, no domingo, fazer
a confissão das crianças e as instruções. Sofreríamos, nós, em Vaugirard, com
essa combinação, que não é perfeita, longe disso, mas não soubemos imaginar
nada de melhor. Se você preferisse, se deixaria tudo em Grenelle como está, e o
Sr. Lantiez iria, no domingo, para o espiritual da casa Saint Charles. Mas os
jovens operários de Nazareth ficariam abandonados, e o próprio Saint Charles
seria fracamente sustentado, porque o Sr. Lantiez tem aqui compromissos demais
para dar-se tanto quanto precisaria a uma obra de fora tão longe de nós.
Peço-lhe,
meu bom amigo, para examinar com o Sr. Baudon, e diante de Deus sobretudo, qual
seria a melhor decisão. Colocamos nossos pobres recursos à sua disposição, com
um pesar sincero de não tê-los em maior abundância para lhe oferecer.
Há mil anos
que não o vimos em Vaugirard, será para nós um dia de festa quando você vier.
Abraço-o
afetuosamente e sou em N.S.
Seu
devotado Confrade e irmão
Le Prevost
|