Encorajamentos nas dificuldades das
obras. Elogio do irmão Cousin.
Chaville,
18 de agosto de 1859
Caríssimo filho em N.S.,
Partilho vivamente todas as dificuldades e
todos os trabalhos que sua situação presente exige; peço insistentemente ao
Senhor para nos dar os meios de ajudá-lo, já que, aqui, estamos bem desprovidos
e não podemos muito assisti-lo eficazmente. Esperemos que o Senhor, sempre
misericordioso para conosco, digne-se ter piedade de nossa fraqueza e de nossas
necessidades. Humilhemo-nos muito diante dele, caro filho, reconheçamos nossa
insuficiência, nossa indignidade; sua bondade nos reerguerá então, e sua graça
derramar-se-á sobre nós. Não se obtém nada dele, em nossa condição sobretudo,
senão mantendo-se assim em humilde dependência de sua força e de seu socorro.
Estamos profundamente tocados pelo sofrimento
de nosso pobre irmão Cousin; todas as noites, a comunidade, todos juntos, reza
particularmente por ele; de meu lado, recomendo-o ao Senhor a cada instante do
dia. Sou bem cordialmente apegado a esse bom irmão, do qual pude apreciar as
excelentes qualidades de coração, a retidão e simplicidade de intenção tão preciosas
aos olhos de Deus e tão essenciais para seu serviço. Submetamo-nos aos
desígnios da divina Sabedoria e aguardemos que ela nos manifeste seus planos a
respeito desse pobre amigo. Assegure-o muito de minha terna afeição e de minha
constante solicitude por ele. Não desespero de que Deus no-lo conserve e que,
por um efeito de sua misericórdia, ele o torne, após essa provação, somente
mais dedicado e mais apto a suas obras; tudo podemos naquele que nos fortalece.
Adeus, caro filho, recomendo-me, de meu lado,
às suas orações. Continuo sendo muito doente e tão enfraquecido no peito que
não posso nem falar nem andar cinco minutos sem interrupção; que a santa
vontade do Senhor seja feita e não a nossa! Abraço-o bem afetuosamente. Abrace
por mim os irmãos Thuillier e Maury.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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